A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (5) aumento do preço do diesel nas refinarias em 9,5%, em média, e da gasolina em 8 1%, com vigência a partir de amanhã (6).
Se o ajuste feito hoje for integralmente repassado pelos outros integrantes da cadeia do petróleo, sem alteração das demais parcelas que compõem o preço ao consumidor final, o diesel pode subir 5,5% ou cerca de R$ 0,17 por litro, e a gasolina 3,4%, ou R$ 0,12 por litro.
Segundo a estatal, seu Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP) se reuniu hoje e, de acordo com a política de preços anunciada pela Petrobras em outubro, decidiu pelo reajuste.
“As principais variáveis que explicam a decisão do Grupo Executivo são o aumento observado nos preços do petróleo e derivados e desvalorização da taxa de câmbio no período recente. Por outro lado, a participação da Petrobras no mercado interno de diesel registrou pequenos sinais de recuperação”, informa a companhia.
A estatal reafirma a sua política de revisão de preços pelos menos uma vez a cada 30 dias, o que lhe dá a “flexibilidade necessária para lidar com variáveis cuja volatilidade vem aumentando recentemente”.
A empresa ressalta ainda que, como a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, as revisões feitas por ela nas refinarias podem ou não se refletir no preço final ao consumidor. “Isso dependerá de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de petróleo, especialmente distribuidoras e postos de combustíveis”.
Em Parauapebas, sudeste do Pará os consumidores passarão a sentir no bolso o resultado do reajuste ainda nesta mesma semana conta o analista de combustível João Paulo Bonfim Silva. “é impossível prever uma valor correto de quanto será o aumento aqui, mas com a carga tributária da cidade espera-se para o consumidor final um aumento que gira entre 15 e 20 centavos no preço do diesel e de 10 a 15 centavos no preço da gasolina”, conclui João Paulo.
O esperado é que somente a partir de quinta-feira (8) o consumidor irá sentir realmente essa diferença de reajustes.
(Fernando Silva)