Após 2 dias ocupada por integrantes do MST a Estrada de Ferro Carajás foi desocupada e os trens já circulam novamente. O acampamento do MST continua nas proximidades respeitando os 50 metros da área de servidão, porém o clima é tenso e a mobilização continua tanto pra Vale quanto para os acampados.
Logo após a desocupação da ferrovia, iniciou a manutenção dos trilhos naquele trecho onde, devido o fogo usado para provocar a manifestação, muitos dormentes foram queimados e os trilhos empenados. A retomada da movimentação dos trens foi possível logo em seguida graças à uma das linhas que é construída sobre concreto que não possui dormentes de madeira e por ser da lateral não sofreu agressão de fogo como as outras, por isso os trilhos dela não foram empenados.
Segundo a coordenação do movimento a desocupação foi pacífica e acordada com todos os envolvidos transformando assim em uma decisão coletiva. Mas não terminou o impasse, pois as pautas continuam abertas sem resposta satisfatórias do governo e caso não haja mudança na postura em relação ao trato com as exigências muitas ações deverão ser feitas em todos o país pelo MST que continua mobilizado.
As reivindicações dos membros do MST são as seguintes:
- Assentamento imediato de todas as famílias acampadas, tendo como Plano de Meta assentar pelo menos 50 mil famílias ente 2016/2018;
- Imediata desburocratização do acesso a créditos;
- Garantia da universalização de programas de desenvolvimento a todos os assentamentos através de suas organizações;
- Fortalecimento do Programa Nacional de Educação da Reforma Agrária;
- Construção imediata de 300 novas escolas de área der Reforma Agrária, 100 centros de educação infantil, e a garantia de 30 Institutos Federais dentro das áreas de assentamento;
Por: Francesco Costa