O SINTEPP – Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará – Subsede de Parauapebas, declarou oficialmente, hoje, 16, greve em toda a rede estadual de ensino no município de Parauapebas.
Rosemiro Laredo, diretor do Sindicato, diz que essa é uma forma de reivindicar contra as diversas reformas implementadas pelos governos estadual e federal como: a reformas do ensino médio, da previdência, a reforma trabalhista, a Proposta de Emenda à Constituição PEC-55 a nível nacional.
Em nível estadual, as reinvindicações se refletem aos atrasos nos salários e nos reajustes previstos para janeiros, superlotação e sucateamento de algumas escolas estaduais no município.
Um dos principais pontos reivindicados pelo Sindicato, e que tem sido aceito por grande parte dos alunos, é a reforma do ensino médio, que segundo Laredo, é uma forma de baratear a mão de obra futuramente, uma vez que, o que se propõe é que alunos ao sair do ensino médio já estejam trabalhando, o que segundo ele é algo bom, porém isso dificulta aos que sentirem interesse em cursar um ensino superior. “Se conseguirem dificultar a formação superior, futuramente teremos apenas mão de obra nível técnico, essa é a parte mascarada por traz disso”, explica Laredo.
Laredo ainda acrescenta o que o governo do Pará diminuiu a carga horária de 200 para 160 horas/aula mês, prejudicando todos os alunos do ensino médio, sendo esse também um dos motivos pelos qual o sindicato aderiu à greve.
Mediante a situação apresentada pelo sindicato, todas as escolas estaduais no Município aderiam à greve, porém fica a critério do coletivo: se por ventura mais de 50% do grupo docente e discente de determinada escola optarem por não aderir à greve será respeitado a1 decisão.
Á exemplo de Ana Maria, Diretora da EEEM – Escola Estadual de Ensino Médio Eduardo Angelim, ela expõe sua opinião dizendo que é a favor da reforma do ensino médio, mas, a greve, pois, segundo ela, uma greve afeta consequentemente todos os alunos da rede estadual, uma vez que é bastante complicado repor aulas perdidas. “Repor o conteúdo de uma aula não é a mesma coisa que fazer essa aula dentro do calendário normal, o tempo é menor e a sobrecarga nos alunos acaba por ser mais extensa”, diz Ana.
Em meio a opiniões divididas, grande parte dos alunos não querem aderir a greve, uma vez que não se tem uma data prevista para o fim da paralização prejudicando no aprendizado do conteúdo do ano letivo.
(Fernando Bonfim)
Ana Maria – Diretora da EEEM Eduardo Angelim.
Rosemiro Laredo – Direto do SINTEP.