Pioneira em Parauapebas, tendo profundo conhecimento dos problemas da população, Francisquinha de Almeida Vieira, assumiu a diretoria operacional do SAAEP (Serviço Autônomo de Água e Esgotos de Parauapebas) e já encontrou um grave problema.
Trata-se do racionamento de água no Complexo Tropical que envolve os bairros Tropical I, Tropical II, Ipiranga e arredores. O caso se deu por causa da seca da represa responsável pelo abastecimento daqueles logradouros. Porém, segundo ela, a equipe de engenharia foi acionada para fazer algo emergencial e atender a população.
A medida paliativa foi a disponibilização de mais caminhões pipas para o abastecimento das caixas residenciais. “Não tem como disponibilizar quantidade suficiente de caminhões para resolver em definitivo o problema, pois trata-se de apenas 10 mil litros por caminhão”, afirma Francisquinha alegando também a distância da fonte de abastecimento para os bairros.
Outros problemas existentes nesta modalidade de abastecimento é o caso de muitas pessoas não estar em casa na hora em que se disponibiliza o abastecimento além da constante tentativa de corrupção dos motoristas que cobram dos moradores para entregar água. “Tivemos que tirar servidores de administrativo para fiscalizar os motoristas o que desfalcou o atendimento na autarquia”, reclama Francisquinha, assegurando que o SAAEP está trabalhando em cima de medida emergencial.
Em detalhes ela contou que existe uma rede de 150 milímetros vinda do bairro Betânia que foi alongada por mais 1.200 metros o que permite o abastecimento de 25% da área afetada pela seca, mas o restante continua sendo atendido pelos caminhões pipas.
Outra ação que faz parte das medidas paliativas são os poços artesianos, um total de três, que tem ajudado a abastecer parte dos bairros. A maneira usada foi, segundo ela, primeiro mapear os bairros Tropical, Ipiranga e Linhão depois criado planejamento para o atendimento das aproximadamente 16 mil pessoas que ali moram. Mas a conta não é tão simples quando se multiplica 150 litros diários por pessoa o que significa 2,4 milhões de litros de água por dia.
Mas há outro agravante neste modelo de abastecimento, é o caso de que as pessoas acostumadas com a água da rede não possuírem reservatórios na frente das casas. Isso compromete o serviço, pois os carros pipas possuem mangueiras de apenas 10 metros. “É preciso que a população entre neste esforço e disponibilizem reservatórios”, pede Francisquinha, tranquilizando a população que o gestor municipal, Valmir Mariano, já tem conhecimento do problema e deu a missão à equipe do SAAEP para resolver em definitivo o problema.
Por: Francesco Costa