Pela terceira vez em menos de três meses, empresários e trabalhadores que prestaram serviço para a Vale, através de uma terceirizada da Mineradora, a Integral Engenharia, voltaram a interditar a portaria da Floresta Nacional de Carajás (Flonaca), em Parauapebas na manhã desta quinta-feira (10).
Os manifestantes bloquearam o acesso para veículos de empresas que iriam à Mina de Carajás. Apenas veículos de passeio, viaturas, taxistas com destino ao aeroporto e moradores do Núcleo Urbano de Carajás foram liberados para passar pelo bloqueio, que teve início por volta das 11h da manhã.
O empresário Roberto Andrade explica que desde as primeiras manifestações o empasse continua sempre igual, e após várias negociações, os empresários ainda não tiveram nem um valor recebido de nem uma das partes. “A Vale diz que já pagou para a Integral, já a Integral fala o oposto, que ainda tem valores para receber e no meio disso tudo nós ficamos sem resposta de nenhuma das partes.
Durante as manifestações anteriores a Vale divulgou atas alegando ter conhecimento da situação, mas garantindo não possuir dívida alguma com a empresa Integral Engenharia, e que os valores teriam sido repassados à terceirizada ao término do contrato.
ENTENDA: Segundo os manifestantes, os protestos vêm acontecendo devido um “calote”, que a Integral Engenharia teria dado ao final do ano passado, quando abandonou obras que tinha com Vale, deixando de pagar cerca de 80 empresários de diversos setores, contratados para prestar serviços durante o trabalho da terceirizada. Os empreendedores lesados pela empresa afirmam que o prejuízo chega a 40 milhões de reais.
Roberto Andrade fornecedor de serviços
Os manifestantes bloquearam o acesso para veículos de empresas que iriam à Mina de Carajás.
Fernando Bonfim