Cuidadores de cães e gatos de estimação devem ter cuidado com as plantas decorativas ou ornamentais que têm dentro de casa ou no jardim. Muitas delas são tóxicas e podem causar graves danos aos bichos, até mesmo a morte. O alerta é o foco da exposição promovida por veterinários da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), neste sábado (17), em Belém.
De 15h às 19h, a Liga Acadêmica de Farmacologia Veterinária da UFRA (LAFAV) estará no Parque Shopping, localizado na Augusto Montenegro, e promove a 6ª Prev Ação “Intoxicação por Plantas Ornamentais”, que vai auxiliar os cuidadores de pets a identificar os sintomas da intoxicação e dicas de como preveni-la.
“Os filhotes são muito curiosos e podem ingerir algumas plantas. Outro fator que temos que considerar é a questão cultural de nossa região, em que a prática popular de tratamento de doenças utilizando plantas medicinais é comum, então os proprietários dos animais acabam utilizando plantas para tentar curar os bichinhos, sem saber que elas podem causar reações adversas e, assim, favorecer a ocorrência de intoxicações, de maneira não intencional. Com base em várias bibliografias nós percebemos que a intoxicação por plantas ocupa o terceiro lugar no ranking das principais intoxicações em cães e gatos, perdendo apenas para intoxicações por medicamentos e domissanitários, que são produtos destinadas à higienização, desinfecção ou desinfestação domiciliar”, diz a professora Debora Oliveira, pesquisadora Farmacologista da UFRA.
Algumas plantas são comuns na decoração das casas, como as espadas de são Jorge, Babosa, Comigo-ninguém-pode e sabugueiro. Todas consideradas tóxicas aos animais. “Devido à grande diversidade da flora amazônica, questões culturais e ao fácil acesso a essas espécies, várias merecem nossa atenção. A recomendação é levar o animal imediatamente ao médico veterinário, de preferência com uma amostra da planta”, diz a pesquisadora.
Em caso de intoxicação, o proprietário deve ficar atento aos sintomas. “Os animais apresentam sinais gastrintestinais, como vômito, diarreia e salivação excessiva, podendo apresentar, dependendo da espécie de planta, sinais neurológicos, sinais cardíacos, sinais hepáticos e sinais dermatológicos, quando em contato direto como a pele. O que não se deve fazer é fornecer leite ou clara de ovo para o animal, tendo em vista que estes podem aumentar a absorção dos princípios tóxicos contidos na planta”, alerta.
Fonte: G1