A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), por meio da Diretoria de Planejamento e Gestão e da Supervisão da Rede de Atenção Psicossocial, realizou um treinamento de capacitação para ampliar alertar ao suicídio. O evento foi realizado na manhã desta quarta-feira (9), no Centro Universitário de Parauapebas (Ceup).
De acordo com o Supervisor da Rede de Atenção Psicossocial, Wagner Caldeira Dias, o treinamento é realizado em etapas com os participantes. “Na primeira etapa nós compilamos alguns relatos de: o que é suicídio, tentativas de suicídio, o perfil de uma pessoa que tenta tirar a própria vida e as estatísticas em relação ao caso. Na segunda parte, a gente vai começar a traçar um plano de prevenção”, explica.
Wagner ainda acrescentou que toda pessoa que comete o suicídio, já realizou pelo menos três tentativas anteriores, e somente quando a vítima consegue de fato tirar a própria vida, que se tem conhecimento de tal situação. “Qualquer tentativa de suicídio, por mais banal que seja, deve ser levada a sério, pois ali há um indicio para um problema muito maior”, conclui.
Profissional da segurança, o guarda municipal, Inspetor Vanterlan, enfatiza a importância da capacitação, pois de acordo com ele, é frequente presenciar esse tipo de caso. “A gente ver muitos casos de automutilação e do próprio suicídio no dia-a-dia do nosso trabalho. Essa capacitação vem para formar uma parceria da saúde com a segurança, nessa força tarefa que é combater esse mal que assola muitas famílias”, diz.
Suicídios de jovens no Brasil
Dados divulgados pelo Ministério da Saúde, em 2017, mostram que o índice de suicídios cresceu entre 2011 e 2015 no Brasil. Segundo a pasta, esta é a quarta maior causa de mortes entre jovens de 15 e 29 anos.
Em 2011, foram 10.490 mortes: 5,3 a cada 100 mil habitantes. Já em 2015 o número chegou a 11.736: 5,7 a cada 100 mil, segundo dados são do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Os homens são os que apresentam as maiores taxas de mortalidade, 79% do total, enquanto o número de mulheres é 3,6 vezes menos, 21%. Viúvos, solteiros e divorciados também foram os que mais morreram por suicídio (60,4%).
Os dados mostram que os indígenas são os que mais cometem suicídio (15,2), se comparados com brancos (5,9) e negros (4,7). Assim como os moradores da região do Sul do Brasil, que morreram mais por conta de suicídio, enquanto os índices do Nordeste são os mais baixos.
De acordo com o Supervisor da Rede de Atenção Psicossocial, Wagner Caldeira Dias, o treinamento é realizado em etapas com os participantes.
Profissional da segurança, o guarda municipal, Inspetor Vanterlan, enfatiza a importância da capacitação, pois de acordo com ele, é frequente presenciar esse tipo de caso.
Reportagem: Fernando Bonfim