Após vários avisos das entidades sindicais dos caminhoneiros sobre a possibilidade de uma paralisação, finalmente a greve se tornou realidade. De acordo com o site de notícias G1 no dia 16 de maio, a CNTA apresentou um oficio ao governo federal pedindo o congelamento do preço do óleo diesel e a abertura de negociações, porém o pedido foi ignorado.
Na última sexta-feira (18), a organização enviou um comunicado em que mencionava a possibilidade da paralisação na segunda-feira, com a falta de respostas, a greve de fato aconteceu e já chega ao 4° dia sem nenhum acordo fechado.
O fator principal da paralisação dos motoristas é a queda do preço do óleo diesel. Para o governo há duas medidas para se regularizar o caos do país, a primeira seria anunciar um novo corte de impostos e a segunda mudar a política de preços da Petrobras. Porém as duas tem reflexo negativo, isso porque cortar os impostos significa aumentar o endividamento público e mudar os preços da Petrobras colocaria em riscos as contas da companhia.
Em Canaã dos Carajás os postos de combustíveis começaram a sentir o peso da paralisação logo pela manhã desta quinta-feira (24) quando dois deles amanheceram sem combustível. Já pelo meio-dia as filas em outros postos do município começaram a aparecer a gasolina aditivada chegou a custar R$4,72 reais e o preço da gasolina subiu para os R$ 5,12.
Em um dos pontos de saída do município caminhoneiros fizeram bloqueio da estrada de forma pacífica para protestar contra o aumento dos valores no país “ Nossa manifestação é pacifica, não tiramos o direito de ir e vir da população. Estamos reivindicando porque todo esse aumento influência em outras contas, não é só o combustível, é a energia, é o alimento, de um modo geral tudo aumenta, e nós já estamos cansados disso, a gente não gera mais lucro, porque todo o dinheiro se vai com as contas. Começamos a manifestação com 15 caminhões, todos nós somos de Canaã e queremos que a sociedade nos apoie e venha contribuir” desabafou Dourismar, caminhoneiro e comerciante.
Parauapebas município localizado a 63km de Canaã houve venda controlada de combustível, sendo vendidos apenas 10L de gasolina por cada automóvel. No município a previsão é que todos os postos da cidade zerem o estoque de combustível até o final do dia.
E não são só os postos de Canaã, os supermercados também estão sentindo as consequências da greve, sessões de frutas e verduras começaram a esvaziar aumentando a preocupação dos consumidores. “Já vim fazer minhas compras, a gente não sabe até quando essa greve vai durar, não é? Então é melhor prevenir mesmo, porém eu apoio a manifestação, é justo, é bom para todo mundo, apesar que a gente também sofre com ela, mas fazer o que? Tudo está um absurdo, temos que brigar pelos nossos direitos”, disse Lúcia dos Santos sobre a manifestação.
(Jornal In Foco- Stefanny Sousa)