
Motoristas que trafegam pela BR-050, no trechos que cortam Uberlândia, Uberaba e Araguari, poderão observar placas de conscientização e combate ao tráfico de animais silvestres e ações de educação ambiental. A campanha será feita até sábado (11) como parte da Semana Mundial do Meio Ambiente e é realizada pela MGO Rodovias, concessionária que administra o trecho.
Para divulgar a campanha foram instalados oito outdoors na BR-050, com fotos de algumas espécies visadas pelos traficantes como o Papagaio verdadeiro, a Arara Canindé e o Sagui. Serão utilizados também painéis de mensagens variáveis eletrônicos fixos da concessionária com mensagens sobre o tema e distribuídos 30 mil exemplares de um informativo, tanto nos pedágios quanto nas nove unidades do Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU).
Conforme o coordenador de Meio Ambiente da MGO Rodovias, Emerson Machado, as rodovias são utilizadas como rotas para o transporte de animais silvestres comercializados ilegalmente. “Por isso, o tema é oportuno, pois neste contexto, o usuário sendo conscientizado, pode contribuir denunciando este tipo de crime”, esclareceu.
Semana do Meio Ambiente
O tema para a semana em 2016 foi escolhido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), que criou o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 5 de junho, em 1973, com o propósito de conscientizar a sociedade sobre a questão do meio ambiente.
Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o comércio de animais silvestres é considerado a terceira maior atividade ilegal no mundo, atrás apenas do tráfico de armas e de drogas.
No Brasil, estima-se que pelo menos 38 milhões de espécies sejam retiradas anualmente da natureza e, aproximadamente, 4 milhões delas sejam vendidas, movimentando mais de R$ 5,5 bilhões por ano. Aproximadamente 90% dos animais silvestres acabam morrendo no momento da captura ou durante o transporte.
Conforme relatório da Organização não governamental Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (RENCTAS), existem quatro razões que incentivam o comércio ilegal de vida silvestre: a busca por animais para zoológicos e colecionadores particulares; para uso científico e biopirataria; para venda como bichos de estimação em pet shops; e para a produção de produtos e subprodutos.