O empresariado paraense está cada vez mais atento ao ganho que os jovens aprendizes podem trazer para seus negócios. Quem afirma isso é o presidente da Associação Proativa do Pará, Edivaldo Meireles, diante do estudo divulgado ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), confirmando quase 4,5 mil contratações no primeiro semestre de 2018. A maioria desses novos talentos foi chamado pelos setores do Comércio, de Serviço e da Indústria de Transformação.
“É uma boa representatividade, números bem substanciais com ligeira elevação referente ao mesmo período do ano passado, quando tivemos cerca de 4,2 mil contratações. Isso significa a conscientização do mundo empresarial em dar oportunidade a quem está começando”, destaca Meireles.
À frente de uma associação que oferece cursos de capacitação a esses rapazes e moças que estão se inserindo ao mercado de trabalho por meio do programa criado pelo Governo Federal, ele afirma que o índice de migração desses iniciantes para o trabalho formal na empresa onde são contratados chega a 86%. “Isso comprova o quanto esse jovem é focado”, justifica.
Ele cita ainda o esforço do próprio aprendiz. “Nesse processo de quem está começando, quer aprender e mostrar serviço, ele acaba agregando valores da empresa e dando um retorno interessante”, analisa Meireles.
PARTICIPAÇÃO
Para participar do Programa do Jovem Aprendiz do Governo Federal é obrigatório estar cursando ou o Ensino Fundamental, Médio ou Superior, e ter entre 14 e 24 anos. No caso do Ensino Superior, as vagas são reservadas aos alunos que usufruem dos benefícios do Programa Universidade para Todos (ProUni) ou Financiamento Estudantil (Fies).
O tempo máximo de contrato é de 24 meses, e é obrigatório que ele participe ainda de cursos de capacitação, como os 28 que são oferecidos pela Proativa, para manter o contrato de trabalho.
De acordo com os dados analisados pelo Dieese, o Pará foi quem mais contratou nessa primeira metade do ano em toda a região Norte. A maioria das 4.491 contratações de jovens aprendizes no Estado no 1º semestre de 2018 (janeiro a junho) ocorreu no setor do Comércio, com a admissão de 1.491 pessoas; seguido do setor de Serviços, com a contratação de 1.292 pessoas; e do setor da Indústria de Transformação, com a contratação de 691 pessoas.
O restante se distribui pelos setores da Construção Civil, Agropecuária, Extrativo Mineral, Serviço Indústria e Utilidade Pública, e da Administração Pública.
(Fonte: Diário do Pará/Dol)