Ninguém vence esse combate sozinho! Uma luta diária e que precisa da ajuda de milhares de pessoas. A Confederação Nacional das Instituições de Apoio e Assistência à Criança e ao Adolescente com Câncer – CONIACC junto com as mais de 50 instituições e casas de apoio filiadas espalhadas pelo Brasil vão promover neste mês, várias ações importantes de alerta e conscientização ao diagnóstico precoce em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil (DNCCI) – dia 23 de novembro. A Polícia Rodoviária Federal – PRF também participa desta corrente através de suas unidades em cada estado brasileiro.
Entre os principais objetivos da data estão: estimular ações educativas e preventivas relacionadas ao câncer infantojuvenil; promover debates e eventos sobre as políticas públicas de atenção integral às crianças e adolescentes com câncer; apoiar as atividades organizadas e desenvolvidas pela sociedade civil em prol dos pacientes; difundir os avanços técnico-científicos relacionados à doença e apoiar as crianças, adolescentes e seus familiares. Após 10 anos de concretização no calendário nacional por meio da Lei de Nº 11.650, de 4 de abril de 2008 – Projeto de Lei Nº 7.103 de 2006, o Dia de Combate ao Câncer Infantojuvenil continua a operar, intensamente, na orientação e divulgação de informações em torno deste problema que atinge milhares de jovens anualmente.
Além da atuação junto às filiadas, no decorrer deste mês, a CONIACC conta com o apoio da Polícia Rodoviária Federal – PRF. Durante a campanha, a PRF executa o projeto“Policiais Contra o Câncer Infantil” na realização de ações em todos os estados do Brasil, nos quais são designados membros das comissões de direitos humanos da PRF que tenham conhecimento na temática para atuação em eventos de integração com crianças e adolescentes, levando sorrisos, força, auxílio material e moral.
O presidente da CONIACC, Rilder Campos, fala sobre a data. “O DNCCI já é celebrado há 10 anos pelas instituições no Brasil e chega para finalizar todo um processo de trabalho e dedicação que acontece ao longo do ano. Celebramos a data colocando em vista a divulgação dos sinais e sintomas da doença para que a sociedade desenvolva uma cultura de entendimento de que o câncer infantojuvenil existe e que pode ser curado se o diagnóstico for realizado precocemente. Todas as instituições e casas de apoio estão mobilizadas em divulgar e promover mais um grande Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil”, explica o presidente, Rilder Campos.
Criança auxiliada pelo projeto.
Sobre o câncer infantojuvenil
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer – INCA, o câncer infantojuvenil é uma das principais causas de morte, por doença, em crianças e adolescentes até os 19 anos, sendo superada apenas pelas mortes violentas e acidentes.
Esse tipo de câncer corresponde a um grupo de inúmeras doenças que têm em comum o desenvolvimento descontrolado de células anormais e que podem incidir em qualquer local do organismo. Os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são as leucemias, os do sistema nervoso central e os linfomas.
O INCA prevê que para 2018 sejam diagnosticadas mais de 12 mil crianças com o câncer no Brasil, número que deve se repetir em 2019. E, diferentemente do que pode ocorrer com adultos, o estilo de vida geralmente não tem influência no desenvolvimento de tumores em crianças. Ou seja, as neoplasias são originadas de alterações no DNA que podem acontecer antes mesmo do nascimento.
A CONIACC, por meio das afiliadas no país, faz o alerta durante todo o ano sobre um dos principais fatores que pode transformar essa realidade e reduzir esse número que é o diagnóstico precoce. Os adultos devem e precisam ter mais atenção com as crianças, para que, no caso do aparecimento de qualquer um dos sinais ou sintomas, o tratamento seja iniciado o mais rápido possível. A atuação do diagnóstico precoce é fundamental e pode salvar milhares de vidas em conjunto com o tratamento adequado.
Confira os sinais e sintomas: palidez progressiva; sangramentos ou manchas roxas sem relação com traumas; febre prolongada sem causa definida; vômitos e dores de cabeça persistentes, principalmente pela manhã; alteração da marcha ou da visão ou diminuição da força em pernas ou braços; caroços em qualquer lugar do corpo; ínguas; dores no corpo que não passam e atrapalham as atividades das crianças e brilho branco nos olhos quando a criança sai em fotografia com flash.