Professores da rede municipal de ensino realizariam uma manifestação em frente à Prefeitura Municipal de Parauapebas. A classe deliberou por parar as atividades no último sábado, em assembleia. Com a paralisação cerca de 30 mil alunos ficaram sem aula nesta quinta-feira (14).
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp) – Subsede de Parauapebas, que encabeça o protesto, o Governo Municipal não vem cumprindo com os devidos acordos firmados com a classe, o que tem gerado grande insatisfação da base.
Entre as principais pautas reivindicadas estão: condições dignas de trabalho, reformas imediatas nas escolas, cumprimento dos acordos firmados, assédio moral nos locais de trabalho, e respeito aos educadores e a comunidade escolar.
Em entrevista, o Coordenador do Sintepp – Subsede Parauapebas, Rosemiro Laredo, afirmou que aproximadamente 44 escolas do município precisam de reformas emergenciais. “Uma vez que os meus filhos estão estudando em um ambiente insalubre e sem as condições devidas, eu também estou sendo prejudicado”, disse.
O coordenador também afirmou que não são apenas as estruturas físicas, mas também muitas vezes falta a merenda escolar. “Semana passada, na Escola Nelson Mandela, tivemos uma situação em que na hora do almoço foi servido apenas melancia. Não tem cabimento uma cidade bilionária como Parauapebas servir apenas melancia no almoço de centenas de alunos”, destacou.
Em nota, a Prefeitura Municipal de Parauapebas informou que o Governo tem buscado atender as reivindicações da categoria, inclusive já atendeu e avançou em vários pontos da pauta.
Confira a nota na íntegra.
PARALISAÇÃO DAS ATIVIDADES EDUCACIONAIS
Na manhã de ontem, 13 de fevereiro, o secretário de Educação, Luiz Vieira, mais uma vez se reuniu com a coordenação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp) para apresentar algumas propostas e, por meio do diálogo, buscar evitar a paralisação prevista para hoje, 14 de fevereiro.
No entanto, depois de ouvir todas as reivindicações, expor os avanços e se comprometer em viabilizar a abertura de uma mesa de negociação na próxima semana com representantes do Gabinete, Procuradoria Geral do Município e algumas secretarias, como a de Fazenda, Planejamento e Administração, obteve a confirmação de que a paralisação seria mantida.
Vale destacar que:
- O Governo Municipal tem buscado atender as reivindicações da categoria, inclusive já atendeu e/ou avançou em vários pontos da pauta, como o pagamento da rescisão dos temporários distratados em 2018, garantia de contrato de pelo menos 100 horas para professores em processo de aposentadoria, convocação dos professores classificados no último concurso, definição de data para início das reformas das escolas, revisão do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração do Quadro de Magistério do Município (PCCR), entre outras.
- O professor Luiz Vieira assumiu a Secretaria Municipal de Educação (Semed) dia 4 de fevereiro, recebeu a coordenação do Sindicato pela primeira vez na última quinta-feira, 7, onde tomou conhecimento da pauta de reivindicações e se comprometeu a analisar cada item citado e voltar a reunir com a coordenação, como o fez ontem.
- A gestão municipal sempre esteve e está aberta às negociações com o Sintepp, tem apresentado propostas para todas as questões em debate e vai continuar trabalhando para que a educação de Parauapebas seja de qualidade para todos. E, espera poder contar com o bom senso dos educadores e da comunidade com o intuito de garantir que os estudantes não sejam prejudicados.
Rosemiro Laredo, Coordenador do Sintepp – Subsede Parauapebas.
Os professores usavam placas como forma de protesto
Reportagem: Fernando Bonfim