Inaugurada dia 10 de fevereiro a unidade de Parauapebas da Fazenda da Esperança, que começou a receber os primeiros internos, já em seu primeiro mês de funcionamento. A unidade terapêutica tem como finalidade a recuperação de dependentes químicos e conta 130 unidades espalhadas pelo mundo.
A Fazenda fica localizada há aproximadamente 40 km do centro da cidade, na zona rural de Parauapebas. Com uma área de 33 alqueires, doada pela Vale e capacidade para abrigar até 20 pessoas no primeiro estágio, a entidade começa a dar os seus primeiros passos. O nacional M. A. B, da comunidade Palmares é o primeiro depende químico a ser atendido pela instituição. A expectativa é que até o final deste mês o número chegue a sete.
Para ser auxiliado pela Fazenda da Esperança é necessário que a pessoa esteja em situação de dependência química e procure a secretaria da entidade. Atualmente localizada interinamente na Paróquia Cristo Rei, Bairro dos Minérios, em Parauapebas ou pelo e-mail parauapebas.m@fazenda.org.br onde será instruído sobre as próximas etapas.
Durante o processo de ingresso, o futuro interno precisa declarar que está disposto a se submeter ao tratamento por meio de carta manuscrita. Há também a necessidade da realização de exames médicos para detecção de doenças hereditárias ou crônicas. Depois de ingressar na internação, o interno deve passar um ano em tratamento.
Para garantir a manutenção do local os familiares deverão realizar a doação de um salário mínimo por mês. Em contraste, mensalmente, estas famílias recebem uma cesta básica com mantimentos produzidos pelos próprios internos, que pode ser convertida em doação ou até mesmo vendida e o valor arrecadado retornará à Fazenda, em forma de recursos.
O Diretor Espiritual da instituição no município, Pe. Hudson Rodrigues acredita com afinco no projeto e disse que ela tem um valor imensurável para Parauapebas e destaca que a procura é grande. “Muitas pessoas têm procurado a entidade, tanto as próprias pessoas que necessitam da internação, como também, familiares de dependentes químicos, mas para que elas sejam auxiliadas pela terapia, devem se dispor a receber o auxílio”, informou.
Mais sobre a fazenda da Esperança
Com 35 anos de experiência na recuperação de dependentes químicos, a Fazenda da Esperança é uma comunidade terapêutica, a maior obra da América Latina, que regenera vidas e famílias. Ao todo, são 130 unidades espalhadas pelo mundo sendo que 86 delas estão distribuídas pelo Brasil, enquanto as outras 44 estão espalhadas em 22 países do mundo.
O sucesso da Fazenda da Esperança se deve ao programa de recuperação, o qual se baseia em processos pedagógicos que elevam a autoestima e resgatam a dignidade dos seus acolhidos, que em 2017 assistiu em média três mil jovens e suas famílias. Esse programa de recuperação é baseado em um tripé que consiste basicamente no trabalho, na espiritualidade e na convivência. Tanto que todos os acolhidos vivem numa irmandade que de tão unida é capaz de devolver aos acolhidos o real sentido da vida, do amor a si e ao próximo, bem como da importância da comunhão.
Além disso, a Fazenda da Esperança também trabalha junto à família, pois ela é uma das peças fundamentais para o sucesso da recuperação do jovem acolhido, através do Grupo Esperança Viva (GEV). O objetivo da ação é estruturar a família, mas mesmo quando ela não atende a esse convite – que não tem caráter obrigatório – o tratamento continua e o jovem recuperado tem a oportunidade de amar a sua gente como ela é.
Como resultado, a Fazenda da Esperança é responsável pela recuperação de centenas de milhares de pessoas, que em sua grande maioria se voluntariam para ajudar outros que necessitem de ajuda. A verdade é que a Fazenda da Esperança é maior do que si mesma, tanto que em 2007, durante uma visita a sede em Guaratinguetá-SP, o então Papa Bento XVI destacou a importância e a missão das Fazendas da Esperança – Levar a esperança, que é Jesus Cristo, ao maior número de pessoas possível.
O local foi inaugurado com direito a missa e churrasco, no último dia 10 de Fevereiro.
(Texto Fenando Bonfim / Com informações da Fazenda da Esperança)
(Fotos: Deo Martíns)