Deputados a favor da reforma da Previdência Social passaram a tentar, nesta terça-feira (16), acelerar o debate sobre a proposta e antecipar a votação para esta quarta (17) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
A estratégia de diversos parlamentares, principalmente do PSL – partido do presidente Jair Bolsonaro –, é abrir mão dos discursos aos quais tinham direito e, assim, encurtar a sessão.
A votação da reforma da Previdência na CCJ estava inicialmente marcada para esta quarta-feira. Mas, nesta segunda (15), o líder do governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), anunciou um acordo para adiar a votação para a próxima segunda (22) ou para terça (23).
O anúncio foi feito após a CCJ decidir inverter a pauta desta semana e discutir, primeiro, a proposta de emenda à Constituição que aumenta os gastos do governo, a chamada PEC do orçamento.
Cabe à CCJ analisar se a proposta do governo Bolsonaro está de acordo com a Constituição. Se a chamada admissibilidade for aprovada, a reforma seguirá para uma comissão especial, responsável por analisar o mérito (conteúdo) do texto.
Ao G1, o líder do PSL na Câmara, deputado Delegado Waldir, confirmou a estratégia de tentar votar a proposta antes do feriado de Páscoa.
Segundo cálculos de técnicos da CCJ, se todos os deputados inscritos usarem o tempo ao qual têm direito, a etapa de debate pode durar mais de 20 horas.
Mais cedo, nesta terça-feira, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu que a comissão avance as discussões pela madrugada a fim de votar o parecer antes do feriado da Páscoa.
“Minha opinião é que a CCJ tinha que funcionar a madrugada inteira, encerrar todos que tem para falar e amanhã [quarta] de manhã a gente tentar votar”, afirmou Maia.
Na avaliação dele, os parlamentares têm que sinalizar de “forma muito objetiva para a sociedade que nós temos clareza que o estado brasileiro vai quebrar se nós não reformamos a Previdência”.
Fato: G1