Centenas de estudantes dos dois campus do Instituto Federal do Pará (IFPA) e da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) saíram às ruas de Marabá na manhã destas segunda-feira (6), para manifestar contra os cortes no orçamento das instituições federais de ensino, anunciados pelo Ministério da Educação (MEC) no último dia 30/04. O contingenciamento é de R$ 7,4 bilhões.
Em uma caminhada pacífica do IFPA – Campus Marabá Industrial até o Shopping Pátio Marabá, com a utilização de brados, cartazes e uniforme escolares.
Desde a semana passada diversas instituições federais de ensino têm se manifestado, através de seus portais e redes sociais que tais mudanças no orçamento impactarão diretamente e, de forma negativa, à prestação de seus serviços.
UFPA
a Universidade Feral do Pará (UFPA), publicou em seu portal que o corte representa um bloqueio de R$ 55 milhões do orçamento para investir na infraestrutura de seus doze campus.
UFRA
A Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) detalhou que o bloqueio de crédito representa uma redução de 30% na ação de capacitação de servidores; 33% nas bolsas de PIBIC, PIBEX e editais das pró-reitorias acadêmicas; 34% nas ações de manutenção da Universidade; 30% nas ações de manutenção do hospital veterinário; 30% nas ações de investimentos do hospital veterinário e 100% em ações remanescentes de obras.
IFPA
O Instituto Federal do Pará (IFPA), por sua vez afirmou que o bloqueio do orçamento afeta diretamente as atividades de ensino, pesquisa e extensão, causando um grande impacto no funcionamento do Instituto. A decisão atinge não somente a oferta de cursos e a rotina das aulas, mas também a aquisição de materiais, a retomada de obras estruturais e o funcionamento da instituição.
Unifesspa
A Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) também se manifestou e expôs que instituição será fortemente impactada pelo bloqueio orçamentário imposto pelo MEC e que o valor total bloqueado foi de R$ 13,2 milhões, atingindo principalmente os recursos de custeio, destinados ao funcionamento e à manutenção da universidade, a como pagamento de energia elétrica, água, serviços de limpeza e vigilância.
Em entrevista a estudante do IFPA, Evelyn Gabrielle, disse que saiu às ruas para lutar pelos seus direitos, enquanto estudante. “Acredito que a educação é a única forma de mudar este país. Eu acho muito triste e injusto estes cortes, pois irá afetar a educação de todos nós que estudamos em instituição pública. Nós queremos oportunidades iguais, tanto para o filho do pobre quanto para o filho do rico e nós encontramos esta oportunidade lá no IF, com professores de qualidade, projetos e bolsas de extensão, mas que agora estão comprometidos”, disse a aluna.
Evelyn Gabrielle, disse que foi para lutar por seus direitos quanto estudante
(Por Fernando Bonfim)