Nesta quarta-feira (15) centenas de estudantes e professores de diversas instituições públicas de ensino saíram às ruas de Parauapebas, em protesto aos contingenciamentos na educação anunciados pelos MEC no final do mês passado. Eles temem que os bloqueios dos recursos possam afetar a qualidade e diminuir a oferta de vagas nas instituições de ensino público.
A manifestação teve início no Instituto Federal do Pará – Campus Parauapebas (IFPA), de onde saíram em uma caminhada até a Rua 11 e posteriormente retornando até o campus.
Munidos de cartazes, eles gritavam as palavras de ordem: “NÃO VAI TER CORTE, VAI TER LUTA”, manifestando total repúdio aos contingenciamentos. Durante o trajeto alunos de outras instituições privadas, também se juntaram aos manifestantes, dando maior força ao movimento.
Em entrevista, o professor do IFPA, Davi Durval, expôs que os cortes atingirão, principalmente, três setores da instituição: pesquisa, extensão e manutenção. “A pesquisa é uma peça fundamental para propor melhorias para o país”, disse. Ele também destacou que a falta de verba implicará diretamente na manutenção das necessidades básicas para o funcionamento da escola, como: água, luz e limpeza e que como professor se vê prejudicado também, “O que me traz a esse movimento hoje, primeiramente por ser um trabalhador da educação e o fato de não haver docência sem discentes. Dessa forma se os alunos serão atingidos, nós também seremos”, concluiu o professor.
O professor da rede pública estadual e municipal, José Alves, pontuou que já conversou preliminarmente com representantes da educação pública na cidade, como UFRA e IFPA e destacou que as instituições serão prejudicadas. “A educação é o elemento principal para o desenvolvimento social, humano e econômico de todo um país. Nós não podemos permitir que o governo corte 30% do orçamento destas instituições, pois entendemos que isso vai comprometer o processo de ensino”, disse José Alves.
Aluna do IFPA, Ana Clara, que também estava na manifestação disse temer pelo futuro do campus, pois, de acordo com ela, já há rumores de que a instituição pode vir a paralisar as atividades até setembro deste ano. “Ouvimos rumores de que o IFPA pode vir a paralisar até setembro. Nós não sabemos se isso vai acontecer de verdade, mas isso nos deixa super preocupados porque está ligado diretamente com o nosso futuro”, disse a aluna.
Paralização geral na educação
Desde as primeiras horas desta quarta-feira (15), em quase todos os estados do País, foram registradas manifestações e paralisações na educação como protesto ao corte no orçamento discricionário de 2019 que passa a valer para todas as universidades e institutos federais.
Os estudantes manifestaram usando cartazes enquanto gritavam as palavras de ordem: “NÃO VAI TER CORTE, VAI TER LUTA”.
O professor do IFPA, Davi Durval, disse que os cortes atingirão principalmente a pesquisa, extensão e manutenção da instituição.
O professor da rede pública estadual e municipal, José Alves, também aderiu ou movimento dos estudantes.
Aluna do IFPA, Ana Clara, que também estava na manifestação.