A confusão entre detentos do Complexo Anísio Jobim (Compaj) envolveu presos dos pavilhões 3 e 5 da unidade prisional. Quinze mortes foram registradas no conflito ocorrido no fim da manhã de domingo (26).
Ao G1, o coronel e secretário de Estado de Administração Penitenciária (Seap), Marcus Vinicius de Almeida, disse que os detentos envolvidos na briga já foram identificados, mas não informou quantos tiveram participação nas mortes.
A Seap já iniciou as investigações em relação ao ocorrido. A confusão teve início às 11h, no momento em que parentes faziam visitas.
As mortes de detentos aconteceram nas quadras e dentro das celas, com uso de estoques (feitos com escovas de dente) e também por enforcamento. Nenhum familiar ficou ferido.
A Seap fará um levantamento, por meio das câmeras de segurança, para identificar os autores dos assassinatos e encaminhar para a Justiça, além de aplicar medidas administrativas em toda a unidade. As visitas foram suspensas no Compaj e em outras unidades prisionais da capital.
Palco de massacre em 2017
A unidade onde ocorreu a briga neste domingo é a mesma onde houve uma rebelião que resultou na morte de 56 pessoas em janeiro de 2017. Na ocasião, a rebelião durou mais de 17 horas e foi considerada pelo secretário como “o maior massacre do sistema prisional” do estado.
Em dezembro do ano passado, um agente penitenciário foi morto dentro do Compaj. À época, 12 detentos foram considerados suspeitos.
Fonte: G1