Militantes do MST, estudantes, professores e membros de demais entidades sociais de Parauapebas aderiram à paralisação nacional ocorrida nesta sexta-feira (14) em prol da Previdência e da Educação.
A manifestação reuniu em torno de 150 pessoas, em Parauapebas que realizaram uma caminhada pelas principais vias da cidade com faixas e frases de ordem. O grupo se diz contra a reforma da previdência e cortes na verba da educação propostas pelo Governo Federal.
Nas primeiras horas da manhã de hoje, os manifestantes se concentraram no Centro de Desenvolvimento Cultura (CDC) e saíram em caminhada pelas ruas: F, 11, E e 6. Enquanto outro grupo de manifestantes, membros do MST, ocuparam a PA 275, nas proximidades do Acampamento Frei Henry de Roisers entre o município de Parauapebas de Curionópolis.
Raimundo Ferreira, militante do Movimento dos trabalhadores Sem Terra (MST)
Em entrevista, Raimundo Ferreira, militante do Movimento dos trabalhadores Sem Terra (MST) disse que o bloqueio da pista, além de aderir à paralisação nacional foi realizado também para chamar a tenção para os problemas do movimento. Pois de acordo com ele, a ordem de despejo dos ocupantes do acampamento Dalcídio Jurandir, localizado no município de Eldorado do Carajás, trará grandes prejuízos para as mais de 200 famílias assentadas. “É um acampamento que tem mais de 11 anos e agora há uma liminar de ordem de despejo para próximo dia 17. É um acampamento que contribui com a economia: só de leite são produzidos mais de 10 mil litros por dia é e de onde as famílias tiram seus sustentos. Se ele saírem de lá, o governo tem onde colocar esse povo?”, indaga Raimundo.
Luziano Carvalho que estava entre os manifestantes
No centro da cidade, um grupo realizou uma caminhada pelas principais ruas. “Todos nós, trabalhadores, independentemente de ser do campo ou da cidade, estamos aqui para dizer que estamos insatisfeitos com esta tragédia que o Governo Federal está tentando nos empurrar goela a baixo. A reforma da Previdência é uma retirada de direitos perversa”, disse Luziano Carvalho, que estava entre os manifestantes.
Era por volta das 10h da manhã quando a pista foi desobstruída.
Outro grupo realizou uma manifestação no bairro Cidade Nova.