Agentes da Polícia Federal (PF) cumprem nesta terça-feira (18) um total de 56 mandados, sendo 20 de prisão temporária e 36 de busca e apreensão referentes à operação Ouro Perdido. A ação investiga a exploração de ouro, venda e sonegação fiscal em garimpos irregulares de Oiapoque, no Amapá, da Guiana Francesa e do Suriname.
Os mandados são cumpridos por 128 agentes em cidades do Amapá, São Paulo, Goiás e Pará. A Justiça Federal ainda determinou o bloqueio de R$ 146 milhões em nome dos investigados, que não tiveram o nome revelado, além da proibição da atuação deles na atividade.
Ainda segundo a PF, diversos estabelecimentos comerciais em Oiapoque recebiam o ouro extraído ilegalmente e vendiam o produto para pessoas físicas e jurídicas de todo o país, além de uma instituição financeira.
As investigações identificaram pelo menos 20 empresas dedicadas a atividades de compra, venda, confecção de joias e ouro, no município de Oiapoque, que não possuem cadastro no COAF e não estão legalmente autorizados pelo Banco Central para a prática do comércio de ouro.
A operação é realizada com apoio da Receita Federal, do Ministério Público Federal (MPF), da Força Aérea Brasileira (FAB) e do Exército Brasileiro.
A investigação que levou à Ouro Perdido foi feita entre autoridades brasileiras e francesas através de uma cooperação internacional com a polícia e o Ministério Público da França.
Segundo a Receita Federal, os vendedores e compradores, entre os anos de 2012 a 2017, devem ter realizado operações de compra e venda de ouro no valor aproximado de R$ 145 milhões, mesmo valor bloqueado.
Os investigados poderão responder pelos crimes de lavagem ou ocultação bens, direitos ou valores, receptação, usurpação de matéria prima da união, crimes financeiros e associação criminosa ou organização criminosa.
As investigações identificaram pelo menos 20 empresas dedicadas a atividades de compra, venda, confecção de joias e ouro, no município de Oiapoque, que não possuem cadastro no COAF e não estão legalmente autorizados pelo Banco Central para a prática do comércio de ouro.
Fonte: G1