À medida que o final de cada ano vai se aproximando é muito comum fazermos uma retrospectiva para verificação das conquistas e das ações que, por alguma razão, não foram alcançadas. É aquele momento de redirecionar a rota, ou seja, acionar a cabeça de GPS.
No entanto, finalizo o ano preocupado e compartilho com vocês. Estou na fase de conclusão de minhas turmas dos cursos e aulas que ministro em diversas instituições, assim como encerrando consultorias em empresas. Percebo uma falta de direcionamento muito grande entre as pessoas, claro que não vou e nem posso generalizar. Lido, também com pessoas que estão bem alinhadas com seus objetivos e conseguem realizar o que se propuseram a fazer ao longo do ano. Mas sinto-me na “obrigação” de trazer à luz alguns pontos obscuros.
As pessoas ainda não se atentaram do cenário que estamos vivendo de grande e alta transformação e complexidade. A tecnologia tomando conta e reformulando processos, comportamentos e exigindo novas atitudes. Muitas empresas mudando seu modo de gerir, extinguindo ocupações e criando outras. O momento agora é de transição forte.
Costumo dizer que o momento é de muitas incertezas, medo do novo, o que e como as ações vão se processar. As empresas, mais especificamente as brasileiras, estão tateando em meio a tantas exigências de mercado. Há muito o que fazer, muitas culturas necessitarão de transformação, adaptação para o futuro, que já é o presente.
E as pessoas, como estão neste processo tão dinâmico e até certo ponto, louco? Inertes. Isso, mesmo, inertes. E isto me preocupa. Minha proposta é gerar um movimento, um “chacoalhar” nestas pessoas que não estão buscando o mínimo de informação. Inacreditável, porém real.
Foi-se o tempo em que a empresa ditava o que o profissional iria fazer, qual curso frequentar etc. Atualmente, elas querem pessoas mais donas de si, protagonistas. A pergunta que fazem é:
- Você, profissional, o que tem a oferecer para a comunidade, para a sociedade , e para empresa que trabalha ?
- Qual resultado alcançara com suas entregas, com seu conhecimento?
O que isto significa?
Significa que precisamos parar para pensar nos próximos passos: seus pontos fortes, seus pontos frágeis, o que desejamos onde, quando e como deseja chegar. Aí, ouvi, recentemente, de uma pessoa: “Mas a minha empresa parou no tempo minha equipe não desenvolve. Não vejo nada acontecer.”
Não vamos esperar a situação mudar e o governo despertar para fazer algo por nós não existe almoço de graça ..
Se ele está fazendo mudanças mas com dificuldades. E seu nível de alternativas? Então, o que estamos fazendo para alçar voo e mudar de patamar? Qual estrutura necessitamos para alcançar nossos objetivos e metas?
Conheci uma empresa que caminhou para inadimplência nos últimos 10 anos e, agora, por uma mudança de rumo e reestruturação, foi a falência e mudou sua razão social.
Só agora deu-se conta de sua defasagem em relação ao mercado.
Desesperou-se.
Passado o susto, orientei a elaborar um plano de ação, pois precisa ser competitiva, recuperar a credibilidade, competente, empregável e trabalhável.
Vamos despertar?
Não dá mais para permanecer na miopia e hibernação. Alheio a tudo e a todos e continuar cometendo os mesmos erros de sempre.
Movimente-se! Busque, faça, peça ajuda!
Existem várias formas de se preparar e o resgate da retomada e credibilidade é uma delas, investindo em gestão de pessoas e processos treinamento, cursos, palestras, vídeo aulas gratuitas.
Faça networking, frequente os lugares. Estude o cenário onde está inserida e pare de lamentar e reclamar.
Faça uma reflexão profunda, busque atualização e veja que o mundo muda a cada minuto.
Já somos uma entidade ultrapassada no tempo para se ter uma ideia enquanto escrevo este simples artigo porque muitas coisas estão acontecendo extramuros e além de minha mesa do escritório.
Confesso que estou incomodado por estar escrevendo este texto.
Sinto que estou sendo muito enfático, mas se a situação se repete é porque ainda não foi resolvida para que o próximo degrau seja alcançado.
E que a mudança aconteça…
Quer uma dica simples e eficaz? Existe uma maneira que utilizo para mapear oportunidades e estabelecer competitividade e competências.
Pegue uma folha e faça 4 colunas. Escreva:
- 1ª coluna (Gosto) – escreva o que você gosta em você, suas competências, seus pontos fortes, aquilo que você faz muito bem com propriedade.
- 2ª coluna (Não gosto) – escreva o que você não gosta em você, seus pontos frágeis (gaps), aquilo que você deixa a desejar. Seja honesto consigo mesmo não dominamos todas disciplinas e situações.
- 3ª coluna (O Ideal seria) – escreva o que você gostaria de alcançar, fazer, melhorar, desenvolver, aprender.
Onde espera chegar e os objetivos a serem alcançados.
- Agora, insiro a 4ª coluna (Plano de Ação) – com base no que escreveu, elabore um plano de ação estabelecendo prazos para sua realização e mãos à obra! Simples, né?
Nem tanto.
Sabe por que?
As pessoas não têm o hábito de dedicarem um tempo para se preparar, planejar suas ações seus próximos passos e dedicar atenção a si mesmas.
Então, quando questionadas, não sabem responder.
Mas faça o exercício e veja o resultado.
Fico feliz com o sucesso das pessoas e por saber que ajudei e plantei uma sementinha para o Desenvolvimento Pessoal e Profissional.
Pense com carinho no HOJE para que o FUTURO (consequência) seja brilhante, próspero e muito realizador!
A chave do sucesso hoje reside no
AUTOCONHECIMENTO!
Deus no comando…
WJN
Sobre o colunista
Wander Nepomuceno, colunista no Carajás o jornal, é graduado em Engenharia de Minas pela UFMG; Engenharia Mecânica pelo CEFET/MG; MBA Executivo Internacional – concluído em Ohio- EUA (2000), Pós-Graduado em Gestão de Projetos FGV (2006); em Engenharia de Segurança do Trabalho – EEUFMG; em Auditoria Externa pela FACE-UFMG (2002) e em Economia Mineral – UFOP 2015.
Ao longo de sua carreira profissional adquiriu uma vasta experiência no setor minerário da região de Carajás, depois de ter atuado na Mineradora Vale S.A, como Gestor de Operação de Beneficiamento de Minas de Carajás-PA; Implantação de obras de infraestrutura e implantação do Projeto Salobo, entre inúmeros outros cargos de grande importância, Wander também adquiriu uma vasta experiência na gestão municipal quando atuou como Secretário de Planejamento do município; Secretário de Desenvolvimento Mineração, Comércio indústria de Parauapebas e diretor planejamento e obras da autarquia SAAEP (Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Parauapebas).
Aqui, no Carajás O Jornal, Wander aborda em sua coluna, os mais variados conteúdos referentes ao contexto econômico e social da região de Carajás.