Se tivesse que escolher entre ouvir uma opinião contrária a sua por horas, ou perder a paciência com conversa que não lhe agrada ou discurso inócua, qual escolheria?
Esta é uma situação literalmente comum nos dias de hoje, pessoas são impactadas nos grupos sociais por informações e áudios, escutam opiniões ideologicamente opostas as delas.
Os participantes preferem atacar a ideia contrária as suas opiniões e interesses.
Dinheiro algum comprou a escolha de não ouvir o outro lado.
Esse fato pode até ser explicado pela Neurociência, que mostra o quanto gostamos mais de ouvir histórias que nos agrada, ou próximas ou semelhantes às nossas ideias do que as contrárias.
A pergunta que fica é: Ainda que a distância, estamos respeitando o direito do outro de pensar diferente?
Não. Chegamos ao ponto de termos cientificamente comprovado a nossa irracionalidade cultivada frente às adversidades e formas de pensamento, conhecimento e interesses.
E mais do que nunca precisamos discutir os pontos que por séculos evitamos: Futebol, política e religião.
Em um país democrático, você tem o direito de torcer pelo time que quiser, votar na ideologia que lhe representar, acreditar na fé que lhe inspirar.
Em outros países isso não é possível.
Aqui, a prerrogativa não tem funcionado, estamos insatisfeitos, não com as nossas opções, mas com a escolha ALHEIA.
Inacreditável é o patrulhamento ideológico e mesquinho …
No futebol, a intolerância está escancarada e, ao que parece, impune.
A “bicha” no futebol com o número 24, o “vai tomar no c” na decisão do juiz, o “vai morrer” no pênalti perdido, o “olha a sua cor” na orientação do torcedor bêbado ao segurança…
Ofensas na política, ofensas na arquibancada, na beira do gramado, na opinião pública é importante observar estes aspectos e repercussão. Esta é uma análise crítica da sociedade e do comportamento coletivo.
Colocar milhares em uma mesma sintonia. Como podemos perceber?
Somos plurais! Aceite a diversidade de ideias e opiniões porque isso, sim, não tem outra opção.
Respeite, porque isso é constitucional.
Antes de impor algo ao outro, lembre-se da máxima de Nelson Rodrigues: “Toda unanimidade é burra”, e ela não existe.
Vamos adiante.
Deus no comando.
WJN