De acordo com Luís Roberto Barroso, ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitora) houve um atraso na totalização dos resultados por força de um problema técnico que foi exatamente o seguinte: um dos núcleos processadores do super computador que processa a totalização falhou sendo preciso repará-lo.
O ministro esclarece que o sistema eleitoral brasileiro funciona assim: ao início da votação produz-se uma impressão do que se chama a zerézima o que notifica que não havia, antes do início da votação, nenhum voto naquela urna; e ao final do período de votação, se imprime, em diversas vias, o boletim daquela urna com o fiel resultado dos votos que ali foram depositados. “Portanto, a ideia de que o atraso traga algum tipo de consequência para o resultado, não faz nenhum sentido. Pois, o resultado das eleições já saiu no momento em que a urna imprimiu o boletim que, além de ser fixado do lado de fora da sessão eleitoral, é distribuído aos partidos”, detalha Luís Roberto Barroso, dando por certo de que os Tribunais Regionais Eleitorais, fizeram com precisão a transferência das informações; e que o problema ocorrido se deu exclusivamente no TSE onde ele diz que tudo chegou de forma íntegra, porém, o processo de somar as mais de 400 mil sessões é que ficou extremamente lento em razão de um dos processadores ter sofrido um problema técnico.
Os resultados estão disponíveis para consulta
Conforme explicado pelo ministro, o Boletim de cada urna está disposto no cartório eleitoral de Parauapebas, onde qualquer interessado poderá acessar e fazer a recontagem dos votos, dirimindo ou extinguindo assim as dúvidas relativas aos números de votos conquistado.
Quem decidiu fazer isso foi Jorge Martins, que disputou as eleições pelo PATRIOTA. Ele diz em um tom lúdico saber que não venceu as eleições, mas, que achou estanho ter tirado um número redondo de votos e pela coincidência preferiu ir conferir. “Claro que um pouco foi também pelos comentários da possível manipulação dos resultados”, admitiu Jorge Martins.
Candidatos inconformados em Parauapebas – Ao final das eleições, com a divulgação dos resultados, os candidatos se dividem em uma espécie de dois grupos, sendo um que comemora a vitória e outro que contesta, duvidando da transparência na contabilização dos resultados.
Afinal a intenção dos 427 candidatos eram conquistar uma das 15 cadeiras disponíveis no parlamento municipal, agora, engolir a derrota tem sido difícil para alguns deles.
Em Parauapebas a insatisfação tem sido notada, vinda de candidatos com baixo expressão de votos, enquanto dizem ter certeza de que os verdadeiros números são superiores aos demonstrados nas urnas, tendo como esperança a anulação das eleições.
Um dos insatisfeitos é André Lira, candidato pelo PRTB – Partido Republicano Trabalhista Brasileiro, que obteve 584 votos, dando por certo que as eleições foram fraudadas. Segundo o informado em seu vídeo as urnas foram raqueadas o que manipulou a decisão do eleitor. “Cadê a democracia neste país?”, pergunta André Lira, informando que vários deputados criaram uma grande comissão para anular as eleições municipais em todo o Brasil.
Outro candidato de Parauapebas, inconformado por ter ficado fora da lista dos eleitos, é Pedro da 14. Ele se manifestou contrário ao resultado das eleições na qual tirou 380 votos. “Visitei mais de 700 famílias e se em cada uma delas eu tivesse pelo menos um voto já daria 700 votos. Além dos amigos de meus amigos e amigos de meus filhos”, calcula Pedro da 14, inserindo ainda na planilha os votos de funcionários de 4 empresas que o apoiou.
Quem também diz não engolir a derrota é Felipe Tommy, tomando como base a palavra de 1.135 que garantem ter votado nele, porém, no resultado anunciado pelo TER (Tribunal Regional Eleitoral) apareceram apenas 376 votos.
(Francesco Costa)