O Auxílio Emergencial da Caixa, benefício que foi criado pelo Governo Federal para amparar os trabalhadores brasileiros em tempos de pandemia, chegou ao fim. Mas o apelo popular para que o benefício emergencial seja prorrogado é grande. Inclusive, já existe uma movimentação no Congresso Nacional para avançar projetos que propõem a extensão do Auxílio Emergencial por, pelo menos, mais 3 três meses do próximo ano.
Diante desta situação, é coerente pensar em qual cenário econômico uma prorrogação do Auxílio Emergencial seria mais favorável e por que uma extensão do benefício, ainda que seja por mais algumas parcelas, pode ser importante para a economia do Brasil neste momento.
Nesse sentido, seguem logo abaixo alguns dos principais motivos que tornam a prorrogação do Auxílio Emergencial tão justificável em 2021.
1 – A retomada da economia vai ser lenta e exigirá paciência
Por mais que a vacina do novo coronavírus já esteja chegando em diversos países pelo mundo, o Brasil ainda não tem um plano concreto de vacinação para a população. Ou seja, isso significa que os brasileiros certamente demorarão ainda mais tempo para serem protegidos da ameaça de contágio por Covid 19. E com isso, a população precisa ser protegida não só no campo sanitário, mas também no sentido financeiro.
Embora o otimismo esteja tomando conta de boa parte do mundo, com a vacinação já tendo iniciado em alguns países, ele ainda não é o suficiente para fazer a economia voltar a crescer a curto prazo. Muito pelo contrário, a retomada da economia vai ser lenta e vai exigir um pouco mais paciência, tanto dos governantes quanto dos cidadãos brasileiros.
Diante desse cenário, poucas alternativas sobram para fazer a economia continuar girando. E uma delas pode ser a prorrogação do Auxílio Emergencial em 2021. Seria uma forma de não impedir o crescimento, por mais que lento, da economia a longo prazo.
2 – Em tempos de crise, a população criou uma dependência do benefício
Não é a situação ideal, mas é um fato. Muitos brasileiros tiveram no Auxílio Emergencial, a sua única fonte de renda em 2020. É claro que esse não é um fato que deve ser comemorado. Afinal, o ideal seria que os brasileiros não precisassem do auxílio para sustentar os seus orçamentos. Porém, em tempos de pandemia, crise sanitária e econômica, o benefício emergencial foi a solução encontrada para que muitas famílias tivessem com o que e como se sustentar.
E agora, com o fim do Auxílio Emergencial, é provável que muitas famílias brasileiras tenham a sua renda zerada e entrem para as estatísticas já graves de pobreza extrema. É uma situação complexa que não pode ser resolvida da noite para o dia, mas que poderia ser amenizada com a prorrogação do Auxílio Emergencial.
A dependência que foi criada é um problema que deve ter soluções efetivas, mas de longo prazo. Tirar o benefício de forma repentina pode causar um choque no orçamento doméstico e fazer com que a economia afunde ainda mais.
3 – O Auxílio Emergencial estimula o consumo do país
Outro fato que deve ser considerado nesta lista é a questão de que a economia depende do consumo para continuar avançando. E sem consumo, a economia tende a ficar estagnada.
Em outras palavras, as pessoas precisam consumir para que a economia brasileira se mantenha minimamente em equilíbrio. Afinal, não é à toa que as chamadas Datas Comemorativas são sempre muito frutíferas para a economia do país, pois incentiva que as pessoas consumam e, dessa forma, façam o seu dinheiro circular cada vez mais rápido.
Nesse sentido, um pagamento de parcelas extras do Auxílio Emergencial poderia continuar estimulando o consumo das famílias, que deve sofrer um retrocesso caso a não prorrogação do benefício realmente se confirme ao longo de 2021.
É uma dinâmica muito simples de ser entendida. Quanto maior a renda, maior tende a ser o consumo no país. E sem renda, o consumo diminui drasticamente, a não ser que se flexibilize as regras que ficam próximas do risco da inadimplência.
Por todos os motivos que foram apresentados anteriormente, a prorrogação do Auxílio Emergencial em 2021 poderia ser uma realidade favorável não só para os beneficiários, como também para a economia do país como um todo.
Fonte: https://www.blogdovestibular.com