Os vereadores Eliene Soares (MDB) e Joel do Sindicato (PDT) apresentaram na sessão
da Câmara desta terça-feira (16) a Indicação nº 704/2021, sugerindo que a prefeitura
replaneje, crie e altere as rotas de transporte público de passageiros, diante da
expansão urbana acelerada da cidade.
Vereadores Joel do Sindicato e Eliene Soares se preocupam com os usuários de transporte público
Segundo informação dos vereadores, colhida junto ao IBGE, a área urbana de
Parauapebas tem hoje 198 mil habitantes, mas é perceptível que o município tenha
mais habitantes que os números da última estimativa. Para eles, a cidade se comporta
como se tivesse 250 mil, pois basta andar pelas periferias, quer seja pelas bandas do
Tropical, quer seja pelas redondezas da VS-10, para perceber como ela se expande,
com ocupações que não param se surgir.
Na visão de Joel e Eliene, o crescimento acelerado da cidade foi desacompanhado
historicamente de intervenções na infraestrutura urbana, com ruas estreitas demais
para a circulação de 115 mil veículos com placa daqui e outros 25 mil com placa de
fora.
“Por esta razão, solicitamos ao governo municipal que estude a possibilidade de
revisar e replanejar as rotas de transporte público urbano, criando mais caminhos,
rotas e paradas, alcançando mais bairros e chegando a mais gente, de modo a encurtar
as distâncias entre a população, suas demandas e necessidades”, reforçam Eliene
Soares e Joel do Sindicato.
De acordo ainda com os vereadores, a prefeitura está reservando R$ 4 milhões e 400
mil no orçamento do ano que vem para revitalização e construção de paradas de
transporte público, além de R$ 500 mil para construção de terminais de integração,
sem contar os R$ 76 milhões e 400 mil para abertura e pavimentação de ruas.
Depósito comunitário
Em outra indicação, de nº 716/2021, a vereadora Eliene Soares, sozinha, propõe que o
governo municipal estude a possibilidade de construir depósito comunitário para
receber materiais de construção de obras de particulares, a fim de que os insumos
sejam utilizados na construção de moradias populares.
A parlamentar diz ser possível afirmar, sem medo de errar, que nos últimos dois anos o
volume de materiais de construção descartados de obras públicas e de particulares
dobrou, pois em quase todas as ruas se vê alguém construindo ou reformando seu
imóvel, além das obras de infraestrutura da prefeitura.
Para Eliene Soares, a cidade se tornou um verdadeiro canteiro de obras, com geração
de empregos que até assusta os moradores mais antigos, que conheceram outrora
uma cidade pacata, sem buzinas e sem o ronco dos motores dos carros.
Por ser marcada por uma forte e intensa dinâmica migratória, Parauapebas se
esparrama por todos os lados onde haja lotes desocupados e, ainda assim, não há
moradia suficiente. A falta de teto para uns contrasta com o lançamento de toneladas
de restos de materiais de construção daqueles que têm condições financeiras de
erguer imóveis grandiosos, relata a vereadora.
“Neste sentido, indico ao governo municipal que estude a possibilidade de construir
um depósito comunitário para receber sobras ou doações de materiais de construção
de obras de particulares, a fim de que os insumos sejam utilizados na construção de
moradias populares para a camada da população de baixa renda que ainda não tenha
casa própria”, sugere a legisladora.
As duas indicações foram lidas em plenário, aprovadas por unanimidade e enviadas
para serem avaliadas pelos setores competentes da prefeitura.
Texto:( Waldyr Silva / Fotos: Felipe Borges / AscomLeg2021)