Aos 67 anos, Rita Cadillac mantém o hábito de beber muita água com canela em pau — ingrediente que, segundo ela, acelera o metabolismo —, além de acordar antes das 7 da manhã, lavar o rosto com água fria e sair para fazer caminhada. Ela também adicionou novos itens à sua rotina de cuidados: tomar colágeno e passar bloqueador solar.
“Como não posso pegar sol, tem que ser bem cedo ou no final da tarde”, explica. A restrição e as mudanças são necessárias porque Rita fez uma série de procedimentos estéticos no rosto no fim de janeiro, em uma clínica em Paris, na França, chamada Divas Brazilian.
“A gente fez [aplicação] de fios de colágeno, botou um pouco de preenchimento nas olheiras, no contorno da boca e botox nas sobrancelhas”, conta. “A viagem foi planejada para isso e eu aproveitei para passear”, acrescenta.
Na ocasião, a cantora e dançarina publicou nas redes sociais um vídeo em que apareceu com o rosto coberto por xilocaína, um produto anestésico, a fim de evitar a dor causada pelos procedimentos — e mostrou sua reação em forma de gritos. “É um escândalo do cão”, descreve. Mas não adiantou. “Senti muita dor. É que eu já sou dolorida por natureza . Sou muito sensível”, revela.
Os procedimentos no rosto foram concluídos em 15 dias e ela voltou para o Brasil. Agora, segue esperando que os efeitos colaterais do processo se amenizem. “Estou começando a ficar satisfeita, porque está começando a desinchar”, afirma.
Por outro lado, a última intervenção estética que a ex-chacrete fez no corpo foi uma lipoaspiração no abdome, há mais de 15 anos. Fora isso, ela só colocou silicone nos seios. E garante que está bem resolvida com sua aparência.
Quem vê suas fotos nas redes socias depara com uma mulher segura de si, que coloca uma lingerie, exibe curvas, sensualiza e faz carão. Tudo isso sem nenhum tipo de edição. Rita diz que apenas ajustes de luz, a produção de um “cenário maravilhoso” e a maquiagem — que agora “faz mágica” no rosto inchado — garantem o clique perfeito, que é também um reflexo da autoestima da artista.
“Eu não tenho esse problema [de autoestima]. Não tenho 67 anos, tenho 15. Não sou encucada com negócio de idade e também nunca fui magra, esquálida, que é o padrão mundial de beleza. Eu nunca fui e não posso ser”, enfatiza.
Na visão da eterna musa, o caminho para manter a autoestima elevada e o amor próprio após mais de seis décadas de experiência é o modo de pensar e de viver.
“É a cabeça que faz tudo. Eu faço tudo o que eu quero, na hora que eu quero e pouco me importo. Uma mulher aos 67 [anos] pode ser tão bonita quanto uma menina de 18. Basta ela estar se sentindo assim”, assegura. “Tem dia que eu acordo sem me gostar e falo ‘estou com 100 anos’, mas também tem dia que eu estou com 15”, reitera.
Então, o que mudou entre a Rita de hoje e a Rita jovem? “Não mudou nada não. O que muda é que você fica mais experiente. Energia é comigo mesma. Se é para passar a noite em claro, eu vou passar”, garante. Ela também se sente mais livre — mas isso é um reflexo da mudança coletiva, e não individual.
“Agora a mulher tem mais liberdade. Você tem o direito de opinar, de querer ou não querer. Agora é muito melhor”, avalia.
A artista ainda afirma que é a sua própria terapeuta: “Se eu tiver que chorar, vou chorar. Se tiver que gritar, vou gritar, mas é comigo mesma”, conta. E se pudesse dar um conselho para a Rita do passado, seria sobre isto: “Seja mais corajosa e mais livre”, conclui, sem titubear.