Iniciada no dia 25 de março, a greve na rede estadual tá sendo mantida e, segundo a coordenadora da Sub sede do Sintepp em Parauapebas, pelo fato de que o governo não tem dado resposta às reivindicações estando entre elas: o imediato pagamento do piso salarial, para que não se concretizem as reduções remuneratórias que inclinam a lotação imposta pela Seduc, o Plano de Cargos e Carreiras e Remuneração (PCCR-Unificado), além de reforma e segurança das escolas.
A paralisação já atinge 107 municípios do Pará. E em Parauapebas, mais de seis mil alunos estão sendo prejudicados pela ausência de aulas nas Escolas Marluce Massariol, Irmã Dulce, Euclides Figueiredo, Eduardo Angelim e Irmã Doroty, a paralização obedeceu o cronograma estabelecido pela sede estadual do Sintepp. “Todas estas reivindicações já foi motivo de greve em 2013, quando tanto estudantes quanto categoria tiveram grandes perdas. Mas como não foram atendidas somos obrigados a mais uma vez deixar as escolas e voltar às ruas”, explicou Luciene Moitinho, coordenadora da Subsede do Sindicato em Parauapebas.
Nas duas últimas sessões na Câmara Municipal, foi notada a presença de estudantes que, em clara manifestação de apoio aos professores, exibiram cartazes contendo as principais reivindicações da categoria.
Quem também falou com nossa equipe de reportagens foi o secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), Alberto Andrade; e este esclareceu que os professores querem garantias de que o governo cumprirá com o que pode ser acordado. “Em termos de resultados práticos, a única questão que teve parte acatada pelo governo foi o anúncio de que será aplicado um terço de hora atividade ainda esse ano, mas o grande problema é que, mesmo que isso seja feito, o governo não dá garantias de que não haverá perdas de remuneração, porque não tem nada oficializado”, disse Alberto, denunciando que sobre a questão do piso salarial, o governo insiste que vai pagar em abril, que era para ter sido pago em janeiro. Prazo em que promete também pagar o retroativo, mas que haverá negociação só se houver suspensão de greve; o que a categoria garante que não acontecer, pelo fato de, ainda segundo ele, a categoria tem autonomia. “Ou o governo tem questões práticas e objetivas e que sejam muito nítidas para a categoria ou fica difícil tomar alguma decisão”, garante ele.
Por: Francesco Costa