Teve início nesta sexta-feira, 20, em Canaã dos Carajás, sudeste do Pará, a abertura oficial da 8.ª Feira do Agronegócio do município, e diferente do esperado o evento não trouxe um bom público para quem investiu para expor os seus produtos, marcas e serviços. E ao que parece a bruxa está solta, no que se refere ao agronegócio das cidades da região de Carajás.
Uma abertura que prometia movimentar a cidade, no primeiro dia de festa, não atraiu empresários e investidores de negócios aos stands montados no local, que também era presença tímida. Sem contar que a estratégia de estrutura montada no espaço deixou a desejar, o que pode prejudicar quem participa e aguarda retorno financeiro, já que, quem investe precisa de lucro.
A área de acesso a ExpoCanaã é gratuita, logo na chegada o público se depara com os stands, o espaço montado para a realização dos shows foi numa área a parte, então quem esteve na festa, foi somente para curtir as atrações da primeira noite que trouxe ao palco do evento os cantores, Ana Castela e Gustavo Mioto, em relação aos dois vamos dar destaque mais à frente.
Apesar dos fogos barulhentos, destaque importante para a Lei n.º 9.593, sancionada pelo governo do Pará que proíbe soltura de fogos de artifício com estampido no estado. A lei, que institui o Código Estadual de Proteção aos Animais, baseia-se na Lei de Crimes Ambientais (Lei Federal n° 9.605/98).
E ao que parece os organizadores da festa não se atentaram para o requisito saúde da população autista, gestantes, idosos e acamados, além dos animais que também são afetados com os estampidos provocados pela soltura dos artefatos.
Apesar de prometer um espetáculo, e marcar a região com uma festa de impressionar, a abertura foi tímida e limitada aos que pagaram ingressos caríssimos para ter acesso à área onde foi montada a estrutura. Enquanto isso do lado de fora, os prejuízos, já quem esteve na festa foi apenas para prestigiar os shows, deixando o local dos expositores praticamente vazio.
Agora vamos dar destaque às atrações da festa, que ao que parece vieram de outro planeta, ou imaginaram que Canaã dos Carajás é formada por pessoas mal-educadas, e essas pessoas, na verdade, seriam fãs dos artistas. Vamos chamar de absurdo uma das exigências de Gustavo Mioto e Ana Castela, que chamaremos de falta de respeito com o público. Na área do camarim foi montada uma estrutura para receber as pessoas que teriam acesso a esse espaço para tirarem fotos com os artistas e para a imprensa que, claro, faria o registro da presença dos cantores na feira.
Pasme! A equipe da cantora Ana Castela, retirou todos do lugar, inclusive pedindo para algumas pessoas levantaram dos acentos e se posicionarem num local distante, pois ela iria passar. Uma hora em pé, esperando a artista chegar no local, o que todos consideraram como desrespeitoso. Ou seja, Ana Castela, queria uma área livre para que pudesse sair da van e acessar o camarim.
Atitude também realizada por Gustavo Mioto, que até mesmo para ter acesso ao palco, todos foram retirados. Ao que tudo indica é que eles esqueceram de quem os colocaram no auge do sucesso, e todos que estavam no local consideraram a iniciativa como desnecessária.
E sem falar no tratamento dado à imprensa, que apesar de ser o 4.º poder e está credenciada para ter acesso livre na cobertura da festa, não pode ter acesso ao palco para gravar entrevista com as autoridades e com o representante do Sindicato dos Produtores Rurais de Canaã dos Carajás (SICAMPO). A imprensa não conseguiu concluir o seu trabalho de cobertura, isso porque, foi informada que para ter acesso ao palco precisaria ter um crachá master, então para que serve a credencial?
Na sexta-feira foi apenas a primeira noite, ainda faltam oito dias para o evento acabar, e quem sabe no decorrer da festa do agronegócio a presença do público seja mais marcante e que os órgãos de comunicação tenham liberdade de imprensa. Desejamos que a ExpoCanaã tenha o sucesso merecido e que a cidade seja de fato palco de um bonito espetáculo e que a economia, seja satisfatória a todos.