Após ser veiculada em vários veículos matérias sobre o problema do lixo nas ruas de Parauapebas, o Secretário Municipal de Urbanismo, André Rosa de Aguiar afirmou que o principal problema não é o exatamente o lixo, mas a conduta da comunidade que não o dispõe de uma forma correta.
André admitiu que a secretaria errou ao não comunicar o dia e a hora das coletas; ele especifica particularmente o bairro Rio Verde dizendo que o prédio do Mercado Municipal está sempre limpo, mas o problema é o amontoado de lixo. “Quando a limpeza é feita, é colocado resíduos de materiais da feira que não é material em decomposição, esses são depositados no contêiner”, diz André, denunciando que a população em volta e de outros bairros traz animais mortos e outros materiais que não querem aguardar que sejam coletados em suas portas e é isso que, segundo ele, causa todo o mal cheiro e transtorno no local que já se transformou em depósito de lixo.
Como solução ele diz que já está sendo providenciado contêineres em maior quantidade e com tampa, material que ele diz já estar licitado; e após disponibilizado estes recipientes os caminhões de coleta estará sempre removendo o material neles depositados. Assumindo ainda a falha na relação com a comunidade, André Rosa diz que através da ASCOM passará a informar à população os dias de coleta pesada: entulhos, galhadas e limpeza de quintais; que é feita a cada 30 dias. Ele dá ainda a notícia que o Mercado do Rio Verde sofrerá uma reforma geral, podendo ser destinado para outros fins ou após modificações ser realocado para outros usuários que realmente atue como feirante e não o use apenas com depósito, realidade que ocorre no momento. “Será feito uma seletiva para definir quem é feirante e quem é ambulante para destina-los cada um a seu respectivo local”, planeja André, contando que há uma local para a construção de uma avenida urbanizada para receber pele menos 1.500 ambulantes. Mas ele garante que não irá acabar com as feiras itinerantes.
Para resolver o problema resíduos diferenciados como, por exemplo, moveis, eletrodomésticos e outros objetos grandes, serão implantados, segundo André Rosa, pelo menos seis ECOPONTOS onde poderá ser descartado objetos que não podem ser mantidos em casa.
Porém construir locais ou reformular os já existentes vai em desencontro com o dito pelo prefeito Valmir Mariano na mesa de negociação com os servidores públicos, quando ele afirmou que “muitas das obras já iniciadas não seriam continuadas por causa da queda na arrecadação”, ele disse que trata se apenas de uma urbanização de uma via adequada para camelôs e não a construção de prédio.
Coleta de Lixo – A pergunta óbvia sobre coleta de lixo em Parauapebas foi se já existe uma empresa contratada para tal serviço. André Rosa disse que não há. E alegou não ser uma culpa só do governo, mas também do Ministério Público que exigiu que o processo fosse feito dividido em vários outros serviços e não mais de forma global. A atual realidade da limpeza urbana no município ele detalha que está sendo feito por empresas que dividem as obrigações em: locação de equipamentos de coleta domiciliar, outra para equipamentos de raspagem e entulho, e a mão de obra é feita por funcionários do município.
Sobre as reclamações de populares que citam a demora no recolhimento dos resíduos domiciliar, ele explica ser difícil gerenciar isso, exatamente por ser três várias empresas envolvidas, e diz defender a unificação do prestador de serviço o que, em sua opinião, melhorará a qualidade e pontualidade.
Iluminação pública – Outro grande problema sofrido pela população é a falta de iluminação pública, devido às constantes queimas de lâmpadas em todos os bairros. Problema que, segundo André Rosa, é ocasionado pela baixa carga que a energia é oferecida pela concessionária. “Tivemos um grave problema e acho que foi falha nossa; não planejamos a substituição e manutenção das lâmpadas no período útil de vida que a lâmpada tem”, admite ele, mensurando que 12 mil pontos passaram por troca e manutenção. Já a expansão de rede está descartada, segundo garantia de André, explicando que a rede de responsabilidade do município foi dividida em seis zonas, tendo o projeto de georefenciar todos os postes para através de uma central administrar a manutenção.
Desobstrução das Calçadas – Desobstruir as calçadas é um objetivo de André Rosa, que afirma estar reformulando a fiscalização para resolver definitivamente o problema que persiste há muitos anos. Outras áreas públicas estão na mira da SEMURB, trata-se do uso de material publicitário que deixará de existir nestes locais, exceto para fins de informações com interesse do poder público. “Área pública é estritamente proibido a exposição de publicidade. Quem quiser autorização aguarde Projeto de Lei ser apresentado e aprovado na Câmara”, afirma André.
Sobre a humanização das calçadas, ele diz que o governo municipal tem uma parceria com o Ministério das Cidades para fazer 70 quilômetros de calçadas com acessibilidade que deverão ser construídas nas principais vias. “Quem for construir daqui para a frente precisa pensar na acessibilidade em suas calçadas. Não será mais liberado alvará de construção sem a garantia de acessibilidade para todos”, cita André, garantindo que as ciclovias também passam a fazer parte dos projetos das novas vias que surgirem; a exemplo da duplicação da Estrada Faruk Salmem.
francesco costa