O Japão iniciou nesta quarta-feira (17) a vacinação de 40 mil profissionais da saúde contra a Covid-19, a cinco meses da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio, que foram adiados por um ano.
As primeiras doses da vacina Pfizer/BioNTech, autorizada no domingo passado pelo governo, foram aplicadas em um hospital da capital japonesa.
O diretor do centro médico, Kazuhiro Araki, foi o primeiro a ser vacinado.
“A vacina tem um papel importante contra o coronavírus e, como diretor, eu tinha que dar o exemplo”, declarou Araki à imprensa.
O Japão pretende vacinar em um primeiro momento 40mil profissionais da saúde voluntários que estão na linha de frente do combate contra o coronavírus.
Segundo a imprensa local, metade dos vacinados serão convidados a relatar qualquer efeito colateral ou reação ao imunizante, administrado em duas doses com um intervalo de três semanas.
O governo espera vacinar em uma segunda etapa todos os profissionais de saúde do país, que representam 3,7 milhões de pessoas, em março.
A vacinação das pessoas com mais de 65 anos começará em abril, na previsão mais rápida. O governo ainda não divulgou o calendário para os demais 126 milhões de habitantes do país.
“Eu quero que muitas pessoas sejam vacinadas assim que tenhamos o conhecimento exato dos benefícios e riscos”, disse na terça-feira Taro Kono, ministro japonês responsável por supervisionar a vacinação.
O processo de autorização das vacinas no Japão demorou mais que na Europa e Estados Unidos porque o país exige estudos clínicos adicionais em seu território.
O governo nipônico reservou no ano passado doses suficientes das vacinas da Pfizer/BioNTech, AstraZeneca e Moderna para administrar em toda a população.
Fechado para visitantes estrangeiros desde o ano passado, o Japão foi relativamente menos afetado pela pandemia que outras regiões do mundo, com 418.000 casos e quase 7.000 mortes em um ano.
Embora os Jogos Olímpicos de Tóquio, previstos para acontecer de 23 de julho a 8 de agosto, concentrem as atenções sobre a gestão da crise de saúde no Japão, Kono afirmou que “não leva em consideração” o evento para o calendário de vacinação no país.
Fonte: https://istoe.com.br