A dez dias para o primeiro turno das eleições, contados a partir desta quinta-feira (22), nenhum dos 11 candidatos à Presidência da República cumpriu atividades de campanha em cinco estados de três regiões do país: Acre, Rondônia e Roraima, no Norte; Piauí, no Nordeste; e Mato Grosso, no Centro-Oeste.
O levantamento do R7 tem como base as agendas divulgadas pela equipe dos presidenciáveis e leva em consideração o período entre esta quinta-feira e 16 de agosto, quando a propaganda eleitoral foi autorizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Os concorrentes a qualquer cargo nestas eleições podem fazer caminhada, carreata ou passeata e distribuir material gráfico até 1º de outubro, véspera do primeiro turno — a propaganda gratuita na TV e no rádio se encerra na próxima quinta-feira (29).
Os 11 candidatos à Presidência da República nas eleições deste ano são: Ciro Gomes (PDT), Felipe D’Avila (Novo), Jair Bolsonaro (PL), José Maria Eymael (Democracia Cristã), Leonardo Péricles (Unidade Popular), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Padre Kelmon (PTB), Simone Tebet (MDB), Sofia Manzano (PCB), Soraya Thronicke (União Brasil) e Vera Lúcia (PSTU).
Foco no Sudeste
Nos 38 dias de campanha até esta quinta-feira, o foco dos presidenciáveis foi a região Sudeste, com destaque para São Paulo. Todo dia pelo menos um candidato à Presidência da República esteve ou na capital ou em outras cidades paulistas. O estado é a unidade da federação que reúne o maior número de eleitores do país: 34.667.793.
Em São Paulo, os concorrentes já cumpriram atividades em cerca de 30 municípios, como Araraquara, Carapicuíba, Embu das Artes, Francisco Morato, Indaiatuba, Itapevi, Jaguariúna, Presidente Prudente e São Bernardo do Campo.
O segundo estado mais visitado pelos candidatos é o Rio de Janeiro, que conta com 12.827.296 eleitores, o terceiro maior colégio eleitoral do país. Minas Gerais aparece na sequência no ranking dos que mais receberam presidenciáveis. O estado soma 16.290.870 pessoas aptas a votar e é o segundo maior colégio eleitoral do país.
Minas Gerais é um estado visto como um “espelho do Brasil” por refletir o resultado das urnas nas disputas presidenciais. Desde a redemocratização, todos os presidentes eleitos também venceram na região.
Para analistas políticos, entre as explicações para Minas Gerais ser uma unidade da federação estratégica eleitoralmente está a geografia do estado, que faz divisa com outros seis, de diferentes regiões, e tem costumes diversificados.
Rossini Gomes, do R7, em Brasília