O funcionário do Departamento de Trânsito do Pará (Detran), de Parauapebas, Diógenes Samaritano, 37 anos, foi preso no inicio da tarde de hoje, domingo, 31, acusado de assassinar sua ex-mulher, Dayse Dyana Lemos, de 36 anos de idade e de fugir com o filho. Samaritano é bastante conhecido na região e o caso vem repercutindo nas redes sociais.
Dayse, que era funcionária pública, foi encontrada morta no corredor do prédio onde morava.
De acordo com o delegado, Gabriel Henrique Alves Costa, em entrevista a alguns veículos de comunicação do município, foi um advogado que ligou para a delegacia e, atendido pelo delegado de plantão, informou que Dayse havia se suicidado. No entanto para o mesmo, a altura da janela da qual supostamente Dyana teria se jogado é de aproximadamente 4 metros, não sendo suficiente para causar a morte instantânea da vítima.
Sendo necessário ouvir Samaritano, acerca do caso, o delegado Gabriel colocou guarnições da Polícia Civil da 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil de Parauapebas e Polícia Militar na missão de encontrá-lo. Em diligência o delegado recebeu a informação de que Samaritano estaria em um escritório de advocacia localizado no bairro Cidade Nova.
A vítima, Dayse Dyana, de acordo com o relato do delegado Gabriel vinha reclamando da relação que tinha com o marido
Veja o relato oficial do delgado Gabriel sobre o caso:
“Hoje por volta das 8 horas da manhã o investigador Baiano entrou em contato com o delegado Dufrae Abade informando, que recebeu a informação via telefone pelo advogado do Samaritano que a esposa dele havia se suicidado. O delegado foi ao local do delito e eu solicitei ele que me encaminhasse algumas fotos, avaliamos as fotografias sem adentrar na residência e achamos que o suicídio estava duvidoso, por essa razão, entramos em contato com a diretora do IML, Leila, e de imediato ela nos atendeu e solicitamos profissionais do Centro de Perícias Renato Chaves de Marabá para que fizessem uma perícia no local de crime. Nós, delegados, analisamos juntos as fotografias, sem adentrar o local, pois ele foi isolado à espera dos peritos. Achamos que o marido devia dar esclarecimentos, mas ele havia sumido, passamos a realizar diligências com a intenção de o localizar. Analisando o banco de dados ficamos sabendo que na semana passada ele foi condenado na Lei Maria da Penha por agressão física à esposa, a condenação foi de dois anos e a prisão se transformou em medidas cautelares, como: prestar serviços à comunidade e não frequentar determinados locais; não houve prisão, pois foi convertida a medidas cautelares. Isso reforçou uma briga do casal e possivelmente o feminicídio. Com a intenção de o prender, passei a fazer campana no escritório dos advogados, e, por volta das 14 horas, um dos advogados saiu e o outro advogado passou a espiar e continuou espiando, depois verificou o meu carro, reconhecendo como o carro do delegado, ele emitiu alguns gestos que confirmou a minha suspeita. Em razão disso entrei o contato com o advogado e informei que eu iria adentrar o local perante ordem do juiz, mas ele pediu para não algemar o cliente e que nem o encaminhasse para a carceragem do bairro Rio Verde. Entramos e realizamos a prisão dele e o conduzimos a Delegacia, em momento algum ele foi apresentado espontaneamente. O filho estava com um parente, alguma vermelhidão foi vista no pescoço da criança, que será ouvido pela psicologa da Polícia Civil. Samaritano veio quieto e não falou nada. A princípio será autuado por homicídio e feminicídio pela morte da esposa. O corpo estava muito próximo a parede em um corredor da casa, caso ela tivesse se suicidado, teria possivelmente caído sobre o muro, isso levantou a suspeita. Ele também sumiu da cena, não compareceu a Delegacia, não registrou ocorrência, não resguardou o corpo da esposa. Também ficamos sabendo que ontem (30) a vítima entrou em contato com uma amiga e reclamava da vida que levava com o marido”, informou o delegado Gabriel.
(Com informações de Papo Carajás e Zé Dudu)