A Conferência das Partes da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 29), que ocorre em Baku, tem trazido à tona discussões estratégicas sobre o futuro do mercado de créditos de carbono e seu papel no combate às mudanças climáticas. Em meio a essas discussões, a Associação das Indústrias Exportadoras de Madeiras do Estado do Pará (Aimex) defende o manejo florestal sustentável como uma das soluções mais eficazes para alinhar produção econômica e preservação ambiental.
O mercado de créditos de carbono funciona como um sistema em que países, empresas e organizações podem negociar créditos de emissão de gases de efeito estufa (GEE). Esses créditos são gerados por projetos que promovem a redução de emissões, como manejo florestal, reflorestamento e o uso de energias renováveis. A compra desses créditos permite a compensação das emissões de GEE por aqueles que excedem seus limites.
No entanto, a Aimex ressalta que o manejo florestal sustentável se destaca nesse cenário por ir além da compensação. Essa técnica de produção florestal não apenas evita emissões, mas também estimula a captura de carbono. O método envolve a retirada controlada de árvores adultas que já não estão em crescimento, abrindo espaço para que espécies mais jovens se desenvolvam, absorvendo mais carbono da atmosfera.
Para Deryck Martins, presidente da Aimex, a regulamentação do mercado de créditos de carbono representa uma oportunidade crucial para valorizar práticas sustentáveis no setor florestal. “O manejo florestal sustentável é uma ferramenta essencial no combate às mudanças climáticas. Ele equilibra o uso econômico da floresta com sua preservação, transformando o setor em um aliado estratégico na proteção ambiental. Apoiar essa técnica é garantir um futuro para nossas florestas e para o planeta”, destacou, ao reforçar que a valorização do manejo florestal sustentável traz benefícios que vão além da questão climática. Entre eles, destacam-se o combate ao desmatamento, a redução das emissões de carbono e a proteção da biodiversidade.
“A COP 29 é, portanto, uma agenda importante para consolidar práticas que promovam uma economia de baixo carbono. A Aimex reforça que o apoio a iniciativas sustentáveis é essencial para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas, garantindo que desenvolvimento e conservação andem juntos”, finalizou.
Texto: Ana Laura Carvalho