106 crianças recebem assistência na APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), divididos em turnos matutino e vespertino, onde recebem acompanhamento de fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeuta ocupacional, assistente social, pedagogo e equipe de estimulação precoce das crianças, quadro que ela diz estar suficiente para os internos, mas não para a demanda da cidade, mensura-se que cerca de 30 crianças, que tem grande número de crianças com necessidades especiais mas que não tem como incluir na entidade por falta de espaço físico e recursos.
Segundo uma das coordenadoras da APAE Parauapebas, Marislei de Sousa Barcelos, é grande a perda de uma criança com necessidades especiais que não tem o acompanhamento de profissionais especializados, pois é nesta fase, ainda segundo ela, que se trabalha o desenvolvimento para alcançar a independência delas. “Muitas crianças conseguem desenvolver a fala e outras andar. E o mínimo de movimento conseguido já é progresso levando em conta que terão uma longa vida pela frente e sempre dependendo de cuidados de algum adulto”, explica Marislei, detalhando que o trabalho da APAE é melhorar a qualidade de vida destas crianças.
Perguntada sobre em que emperra a ampliação do espaço físico e da oferta de vagas, Marislei diz que é por falta de recursos e conta que a entidade é mantida por doações de empresas e pessoas, além de convênios com a Prefeitura Municipal; valor que ela diz dar apenas para o pagamento de funcionários. Quanto aos recursos da iniciativa privada ela diz não ser tão grande e vem de alguns empresários que procuram a entidade e de outros que captadores de recursos da APAE buscam, porém admite que não existem muitos dispostos a auxiliar.
Segundo o coordenador administrativo da entidade, Josenil Alves, o que a diretoria da APAE está propondo para a Prefeitura Municipal de Parauapebas é que assuma o serviço que hoje é oferecido na APAE. Trata-se do atendimento de crianças de zero a 14 anos. Com isso a APAE poderá receber as pessoas com mais de 14 anos, que ainda estão em casa sem atendimento, para trabalhar com elas o desenvolvimento e a capacitação física e psíquica. Ele conta que um Centro está no Projeto da Prefeitura Municipal, apto a acolher estas crianças com necessidades especiais. “A APAE não vai fechar, vai continuar trabalhando dentro daquilo que é filosofia dela. Ela cita que há crianças que ainda está na APAE, mas já está também na escola pública no processo de inclusão escolar de acordo com a metodologia de educação nacional.
Ele conta que o prefeito já se reuniu com a diretoria da entidade e se propôs a assumir este compromisso. Ele planeja que para o início de 2016 será concluído o remanejamento das crianças menores de 14 anos para a educação pública normal.
Mas ele denuncia que nem sempre há uma preocupação em cumprir o que está estabelecido em convênio e conta que a última parcela não foi paga no ano passado, 2014, o que acarretou dificuldades para a entidade. E este ano agora que foi repassada a primeira parcela do convenio estabelecido para este ano. “Ainda não chegou à mentalidade do governo que isso aqui é uma extensão da educação que dá uma assistência contínua, não tem como parar”, detalha ele, lamentando ter percebido que o esporte tem mais prioridade do que o atendimento àquelas crianças atendidas na APAE.
Por: Francesco Costa