Um trabalho conjunto das secretarias de Saúde (Semsa), de Urbanismo (Semurb), de Obras (Semob), de Meio Ambiente (Semma) e a Secretaria de Produção Rural (Sempror) e ainda a Assessoria de Comunicação (Ascom) realizaram na manhã desta quinta-feira (23) mais uma etapa do mutirão de combate à leishmaniose em Parauapebas. Nesta semana foi a vez do bairro Betânia receber os diversos serviços de combate ao mosquito palha, principal transmissor da doença.
Serviços como, teste rápido em cachorros, panfletagem, carro de som e limpeza das ruas estão entre os principais serviços ofertados à comunidade. A expectativa é que em média de 100 a 200 animais devam ser atendidos. “Os agentes de endemias vão de casa em casa levando a informação sobre o que é a doença e conscientizando a população a trazer o seu animal para fazer o teste, a colocar o lixo pra fora, tendo em vista que as equipes estarão reforçando a coleta”, explica o coordenador.
O Médico Veterinário Eder Ramiro explica que teste rápido se dá prioritariamente aos animais sintomáticos, ou seja, que apresentam sintomas caraterísticos da doença, mas que há algumas exceções. “Animais que vêm de uma mesma residência, e que apenas um tem sintomas, nós fazemos os teste em todos os outros, independentemente de apresentarem sintomas ou não, pois há tendência de que os demais possam estar infectados”, explica o médico veterinário. Ele ainda acrescenta que, com o teste rápido, o resultado sai em poucos minutos, no caso de positivo o proprietário do animal pode optar eutanasiá-lo, que trata-se de outro serviço oferecido no local de atendimento ou realizar outro exame (Sorologia), este por sua vez demora mais tempo, mas apresenta uma margem bem menos de erro.
Saiba mais
A Leishmaniose é uma doença causada por um protozoário considerada uma antropozoonose, ou seja, é própria de animais, mas pode ser transmitida de maneira acidental para seres humanos. No caso da Leishmaniose, o protozoário parasita é transmitido entre animais (cães e roedores) através da picada de certos tipos de mosquito. Quando o mosquito infectado pica um ser humano, a doença é transmitida para o homem.
A doença pode se manifestar de três maneiras diferentes e ser causada por até 30 tipos de protozoários do gênero Leishmaniose. Em ambientes urbanos, o animal mais afetado pela doença é o cachorro, que também serve de principal hospedeiro do parasita.
Existem 3 tipos diferentes de leishmaniose. São eles:
Leishmaniose cutânea
Este tipo da doença afeta a pele. Ela forma feridas e úlceras na pele, e é a versão mais comum da leishmaniose, sendo causada por quase 20 dos protozoários do gênero leishmania. As feridas podem ser grandes e doloridas.
Leishmaniose mucocutânea
Parecida com a versão cutânea, a leishmaniose muco cutânea afeta com úlceras, além da pele, as mucosas e cartilagem. A boca e o nariz são afetados e esse tipo da doença pode causar sérias deformações faciais, podendo praticamente devorar os lábios, orelhas ou nariz por inteiro.
Leishmaniose visceral
A versão visceral da leishmaniose também é conhecida como calazar. Está versão é a mais rara, mas a mais perigosa das três. Ela causa úlceras nos órgãos internos do paciente. O baço, o fígado e a medula óssea são afetados e, se não tratada, esta condição leva a morte.
“Os agentes de endemias vão de casa em casa levando a informação sobre o que é a doença e conscientizando a população a trazer o seu animal para fazer o teste, a colocar o lixo pra fora, tendo em vista que as equipes estarão reforçando a coleta”, explica o coordenador.
O Médico Veterinário Eder Ramiro explica que teste rápido se dá prioritariamente aos animais sintomáticos, ou seja, que apresentam sintomas caraterísticos da doença, mas que há algumas exceções.
Reportagem: Fernando Bonfim