O período mais seco do ano e a falta de chuvas traz uma péssima notícia: o nível dos reservatórios estão cada vez mais vazios.
A equipe de reportagem na companhia do diretor administrativo do Sistema Autônomo de Água e Esgoto de Parauapebas (SAAEP), Sérgio Barbosa visitou a Estação de Tratamento de Água (ETA) e o reservatório que abastece os bairros do Tropical I, II e Jardim Ipiranga.
Já é possível perceber que o nível de água da barragem é bem abaixo do ideal e que a falta de consciência das pessoas em relação ao desperdício faz aumentar as chances de um possível racionamento.
De acordo com Sérgio, apenas uma barragem manda água para a ETA e a mesma já está com nível crítico.
“Já estamos trabalhando em um plano B para trazer água de outro lugar. O racionamento deve ser global, para todos. A população está aumentando e a água diminuindo”, diz ele informando que o consumo em Parauapebas é superior a 220 litros diários por pessoa, enquanto a média mundial é 115, ou seja, quase o dobro.
O diretor administrativo detalhou as etapas que a água tem que passar até está própria para o consumo. “A água é retirada do rio (Parauapebas e do reservatório), levada por adutora até à ETA onde ela recebe um produto químico chamado sulfato de alumínio, em seguida ela passa por dois filtros (ascendente e descendente) até chegar na caixa de contato onde recebe o cloro e é encaminhada para as residências prontas para o consumo com qualidade”, detalhou.
Parauapebas conta com quatro Estações de Tratamento de Água para suprir cerca de 180 mil diariamente.
Apesar do consumo cada vez maior, nem todos os consumidores pagam pela água que chegam em suas torneiras todos os dias. O débito somado chega a bagatela de 16 milhões de reais, dinheiro esse que seria investido na melhoria e ampliação do abastecimento de água.
O diretor pediu ainda a colaboração da comunidade para procurar o SAAEP, fazer a regularização ou quitar o débito. “Todo esse dinheiro vai voltar como investimento para o próprio consumidor”, ressalta ele.
Por: Stéfani Ribeiro