A secretária-geral da Secretaria Permanente da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), María Alexandra Moreira López, antecipou, na abertura da Cúpula da Amazônia, nesta terça-feira (8), em Belém, alguns pontos da Declaração de Belém, documento conjunto debatido pelos chefes de Estado participantes e que deve ser apresentado ao final do evento, destacando algumas ações práticas para a Amazônia.
“Há uma urgência para ações imediatas, pragmáticas. Trabalhos científicos demonstram que é necessário desmatamento zero até 2030. Para isso, são necessárias medidas como o combate aos ilícitos e ao crime organizado instalado em vários dos nossos territórios”, acrescentou María Alexandra, frisando que a complexidade do desafio exige “medidas de gestão sistêmica, transfronteiriças e de multinível” e o desenvolvimento de políticas públicas baseadas em evidências científicas.
Ordem dos representantes de cada país/organização na foto, da esquerda para a direita, atualizada: Noruega, Peru, Equador, Guiana, Congo, Governo do Pará, Brasil, República Democrática do Congo, São Vicente e Granadinas , COP28, Venezuela, Bolívia, Suriname, França.
Foto: Ricardo Stuckert
O governador do Pará, Helder Barbalho, também falou na abertura do evento. Ele destacou a importância de aliar desenvolvimento econômico, ambiental e social. “É uma equação que reclama enfoque ousado e proporcional nas respostas aos dilemas que a Amazônia enfrenta. Temos que combater o desmatamento, mas também concretizar as promessas da bioeconomia. Temos que proteger os povos indígenas e as comunidades tradicionais, mas também mobilizar seu conhecimento ancestral para conservar a biodiversidade, os rios e gerar soluções sintonizadas com a delicadeza exigida pela natureza”, frisou o Chefe do Executivo Paraense.
Texto: Elck Oliveira / Crédito: Marco Santos/Ag. Pará