O Governo Federal publicou, na última quarta-feira (10/01), os editais do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU). A prova será aplicada em 220 cidades, localizadas em todas as Unidades da Federação. A expectativa é que 3,5 milhões de candidatos se inscrevam no certame e cerca de 6.640 servidores sejam selecionados para 21 órgãos públicos federais.
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, concedeu entrevista, ao vivo, ao programa A Voz do Brasil para tirar dúvidas da audiência e detalhar o exame.
As inscrições estarão abertas entre 19 de janeiro e 9 de fevereiro e poderão ser realizadas no Portal Gov.br. A taxa de inscrição custará R$ 60 para nível médio e R$ 90 para superior. Durante a entrevista, a ministra explicou que os editais são divididos por oito eixos temáticos em um modelo que amplia a possibilidade de escolha da vaga, respeitando a vocação e o perfil profissional de cada candidato.
“A gente definiu esses blocos temáticos. A ideia não é por órgão, na verdade é por especificação do cargo. Então, por exemplo, os engenheiros, mesmo de vários órgãos, estão concentrados em um bloco mais ligado a engenharia e exatas. E tem o oitavo bloco que é para cargos de nível intermediário, de nível médio, que não exige nível superior, que são basicamente para três órgãos, que é o IBGE, a Funai, e também o MAPA. A demais áreas estão divididas nos demais sete blocos”, explicou.
Ainda sobre as inscrições, Dweck reforça que é importante que o candidato escolha bem a ordem de preferência dos cargos. “Escolher a ordem de preferência é essencial, porque a princípio a gente vai tentar que a pessoa seja alocada na primeira preferência, se não, na segunda, na terceira, enfim, quarta. Se ela entrar, por exemplo, na quarta, ela continua no cadastro reserva de todas acima: da primeira, da segunda e da terceira. Havendo espaço, ela tendo nota para entrar nos cargos que ela preferia, ela será chamada mesmo que ela já esteja trabalhando no lugar onde ela foi chamada”.
A seleção será realizada no dia 5 de maio e contará com avaliações objetivas específicas e dissertativas, por área de atuação. De acordo com a ministra, o exame será dividido em dois turnos no mesmo dia, com questões objetivas e dissertativas.
“A parte da manhã para os cargos de nível superior, ele tem uma prova objetiva igual para todo mundo, independente do bloco, e uma prova discursiva já específica do bloco. E na parte da tarde, ele vai ter uma prova de mais 50 questões objetivas específicas do bloco”.
De acordo com a ministra, para se classificar, o candidato precisa alcançar 40% de acertos no exame e não pode zerar a prova discursiva. A divulgação dos resultados das provas objetivas e preliminares das provas discursivas e redações será no dia 3 de junho. Os resultados finais serão anunciados em 30 de julho. Em 5 de agosto terá início a etapa de convocação para posse e realização de cursos de formação.
Segundo o Ministério da Gestão, nos últimos seis anos, o Governo Federal perdeu 73 mil servidores. A recomposição da força de trabalho do setor público é fundamental para a entrega dos serviços públicos pelas quais o Governo Federal é responsável.