(*) Luiz Carlos Pinto Ribeiro
A princípio certa dose de otimismo pairava no ar. O exército de Brancaleone caindo aos pedaços procurava entender o que estava acontecendo nas terras da foice e do martelo. Os 250 milhões de patos que ficaram por aqui iam à loucura por este exército que estava se arrastando nas terras dos vermelhos. O que se via? Atletas endeusados sendo relegados a último plano. Um treinador apático, cujo destino é o ostracismo. Um assessor, um primogênito! Não deu em nada. Os comentaristas, estrategistas, que em êxtase ululavam: Neymaaaaaaaar; Philllipee; Thiaaaaggggoo; Marceloooooooo profetizando que estes e tantos outros que iriam assombrar nesta copa. Enfim, um exército sem as mínimas condições de defenderem as suas cores. Caímos mais uma vez frente aos canarinhos belgas, comandados por um maestro dentro de campo.
A pátria das chuteiras está de luto, atônita. Os técnicos de plantão terão todo o tempo até a próxima copa para explicar este desastre. E, a resposta é uma só: Incompetência total! Todos falarão do mesmo assunto, por vários dias, meses até a próxima Copa do Mundo no Qatar em 2022. E, as belezocas da seleção do “professor – pedagobobo” Tite? Não estão nem aí para os patos. Todos estão todos com uma vida financeira digna de príncipes e paxás… Danem-se os patos! Fomos incompetentes, apostamos em uma corrida que já estava perdida. Todas as pessoas que têm o dom da premonição foram unânimes em afirmar: Não seremos hexa desta vez!
Só, nós, os patos acreditávamos nesta copa, fomos iludidos, fomos ludibriados, fomos enganados e, no final de tudo estamos voltando para casa, devidamente humilhados. A melhor partida desta seleção será agora: a partida de volta para casa! Entrevistas, reportagens. Especialistas tecerão os mais variados comentários, para dizerem o que nós, os patos já sabíamos: Incompetência!
A Copa do Mundo seguirá o se ritmo com ou sem a seleção do Professor Tite (pedagobobo). Haverá um novo campeão, haverá um novo líder, haverão novos heróis. A nós só restará o consolo, amargar a derrota, reconhecer os erros, descer do “salto alto” e reconhecer que não somos mais os melhores do futebol, nossa empáfia chegou ao fim. Pena que os teóricos do esporte aqueles que gritam: Marcelooooooo; Paulinhooooooooooo, aquele comentarista que nunca foi um jogador brilhante. Estes gritos ainda perdurarão por vários anos…
Ou seja, os três patetas que inculcaram que a seleção de deuses iria revolucionar o esporte em terras soviéticas. Cadê Gabrieeeeeellllll? Cadê Williannnnnnnn? Cadê Mamãaaaee?
O tratamento que se dá aos jogadores de futebol é algo que ultrapassa as raias do bom senso, algo próximo à adoração, no mínimo veneração, idolatria! Ninguém quer perder! Ninguém aceita ser o menor! Nada de humildade! Morte, limbo aos perdedores! Sim! Cacete neles… Lembrei-me do técnico Enzo Bearzot, o velho Enzo, que na tragédia do estádio Sarriá, Itália, com dois tiros certeiros do bambino Paulo Rossi matou 200 milhões de patos em 1982.
(Especialista em Educação)