Um casal de civis que apontou armas para manifestantes antirracistas há um ano nos Estados Unidos se confessou culpado à justiça na quinta-feira (17).
Patricia McCloskey se declarou culpada de “assédio” e foi multada em US$ 2 mil dólares (cerca de R$ 10 mil), enquanto seu marido, Mark, admitiu ter cometido uma “pequena agressão” e foi condenado a pagar US$ 750 (pouco mais de R$ 3.700), disse à AFP Tom Gross, porta-voz do tribunal em San Francisco, no estado de Missouri (centro oeste).
Assim, o casal evitou ir a julgamento e enfrentar penas mais severas, que poderiam vir acompanhadas da proibição do porte de armas de fogo.
Em junho de 2020, quando os Estados Unidos foram palco de grandes manifestações contra a violência policial e o racismo, esta dupla de advogados brancos na casa dos 60 anos chamou a atenção da mídia depois de parecer apontar suas armas para manifestantes pacíficos para mantê-los longe de sua casa luxuosa.
Um vídeo da cena viralizou (veja acima). Os dois estavam descalços, ele apontando um fuzil semiautomático e ela, uma pistola. O então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retuitou sem fazer comentários.
O casal foi convidado de honra da Convenção Nacional do Partido Republicano no verão seguinte. Mark apresentou sua candidatura nas primárias para o cargo de senador federal pelo Missouri.
“Quando a multidão enfurecida veio destruir minha casa e matar minha família, eu a enfrentei”, disse ele no vídeo anunciando sua campanha. “Eu nunca vou desistir!”.
Fonte: Por France Presse