A polícia confirmou que a reprodução simulada do dia da morte do menino Henry Borel será feita na tarde desta quinta-feira (1º), no apartamento onde a criança estava com a mãe, Monique Medeiros, e o padrasto, o vereador Dr. Jairinho, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
Os advogados de defesa do casal entraram com um pedido de adiamento da reprodução simulada (reconstituição), que já estava prevista para 14h desta desta quinta-feira (30).
Henry tinha 4 anos, e as circunstâncias da morte dele, em 8 de março, não foram esclarecidas. A mãe e o padrasto contam que ele foi encontrado desacordado no apartamento em que eles estavam e levado para o hospital. Laudo aponta que o menino tinha várias lesões internas no corpo e indica laceração hepática causada por uma ação contundente e hemorragia interna como causas da morte.
O advogado de defesa do casal, André França Barreto, disse que o delegado se mostrou “intransigente” com o pedido de adiamento da reprodução simulada e que orientou Monique e Jairinho a não comparecerem nesta tarde.
“Pedimos para que fosse adiada para a próxima terça-feira, mas ele, sem uma motivação razoável, indeferiu. Acho que isso prejudica a própria investigação. No mais, estaríamos credenciados a participar e demonstrar os fatos como aconteceram. Por essa razão, estou orientando meus clientes a não comparecer”, disse o advogado André França Barreto.
A principal alegação da defesa é de que Monique está em “grave estado de depressão”. Por esta razão, o advogado pediu que uma nova data fosse marcada para depois do dia 12 de abril.
Advertência sobre crime de desobediência
A Polícia Civil marcou a reprodução simulada e intimou o casal na tarde de terça-feira (30). No mandado constava uma advertência de que, caso os dois “não compareçam no dia, local e horário determinados, incorrerão no crime de desobediência”.
Na petição, o advogado André França Barreto explicou que “não há tempo hábil para o assistente técnico dos requerentes preparar os quesitos e a participação no ato, essenciais à defesa”.
Fonte: Por Fernanda Rouvenat e Leslie Leitão, Bom Dia Rio