Após servir como motivação central no primeiro filme, Morena Baccarin volta ao papel da namorada apaixonada do anti-herói em “Deadpool 2”, que estreia nesta quinta-feira (17) no Brasil. Dessa vez, a participação da atriz brasileira de 38 anos é consideravelmente menor, mas ela continua sendo o maior elo emocional do personagem a algum tipo de normalidade. Assista ao vídeo acima.
“Eu amo o relacionamento deles, porque eles se amam de verdade”, conta ela em entrevista ao G1. “Eles têm uma conexão fora desse mundo. E quando começa o segundo filme você vê isso imediatamente.”
Mesmo com tanto amor, não foi fácil contracenar com Reynolds, principalmente por causa da maquiagem que cobria seu rosto de galã com as feridas tradicionais de Wade Wilson, o Deadpool.
“Eu chamo ele de ‘pizza face’, porque ele parece uma pizza”, ri a atriz. “Especialmente quando o Ryan está no set, ele termina o dia e arranca aquele negócio da pele e começa a sair o suor de dentro, é horrível.”
Fazendo direito
Com um longo currículo após se tornar mais conhecida nos Estados Unidos por causa da série “Firefly”, em 2002, é seguro dizer que “Deadpool” (2016) é o maior sucesso na carreira de Baccarin. O filme solo do mercenário falastrão mantém o título de maior bilheteria mundial de um filme com classificação indicativa para maiores de idade.
Segundo a atriz, a pressão do sucesso do primeiro não era sentido durante as gravações, mas fez com que Reynolds – que também foi um dos roteiristas e produtores-exectivos do filme – e o diretor David Leitch fizessem as coisas com calma.
“Eu acho que eles queriam até filmar mais cedo, mas eles só começaram quando o roteiro estava realmente pronto. Então foi divertido, sabe? Se você tem uma base boa, então dá pra brincar.”
E brincar eles fizeram
Um dos segredos do sucesso surpreendente do personagem são as inúmeras cenas absurdas e fora de qualquer padrão super-heróico. Para Baccarin, uma delas, do primeiro filme, foi marcante.
“Eu me lembro que eu ria tanto na cena em que a gente fez quando é Natal e ele pediu minha mão em casamento. O Ryan estava sem calça, com só um suéter e a gente fez várias versões de onde saiu aquele anel.”
“Me chocou no início, quando eu li o roteiro e quando me explicaram o que a gente ia fazer, mas aí depois que você está trabalhando juntos e vendo o humor, é tão divertido. Você se solta. E, para fazer esse personagem eu precisei mesmo não editar. Jogar e ir com tudo, porque ele vem com a força dele.”
Namorando a concorrência
Se no filme ela namora um personagem da Marvel, em seu emprego mais “fixo”, a série “Gotham”, ela interpreta Lee Thompkins, ex-noiva de um herói de sua maior concorrente, a DC. Não bastasse isso, ela é casada com Ben McKenzie, que interpreta Jim Gordon (o homem que um dia se tornará o famoso comissário das HQs de Batman.
Mas esta é apenas uma gota no oceano do currículo super-heróico da brasileira. Ao longo dos anos, ela já interpretou diversos outros personagens tirados dos quadrinhos, geralmente dublando animações ou games, como Talia al Ghul, a Mulher-Leopardo e a Canário Negro.
“Foi uma coisa que aconteceu. Não sei como. Mas eu acho que é porque realmente tem muitos personagens fortes de mulheres nesses universos de gibi, de DC e de Marvel. Tem muita oportunidade.”
(G1)