No último domingo (22), de dezembro de, a ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que conecta as cidades de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), desabou, resultando em pelo menos duas mortes e oito desaparecidos. A estrutura cedeu enquanto veículos a atravessavam, incluindo caminhões transportando materiais perigosos.
Sete veículos caíram no Rio Tocantins após o colapso: quatro caminhões — um carregado com ácido sulfúrico e outro com produtos químicos agrícolas —, uma caminhonete e duas motocicletas. Uma mulher de 25 anos foi encontrada sem vida, e um homem de 36 anos, com fratura na perna, foi levado ao Hospital de Estreito (MA). As autoridades continuam as buscas por oito desaparecidos, incluindo duas crianças de 3 e 11 anos.
As operações de resgate foram temporariamente suspensas após a identificação do vazamento de ácido sulfúrico de um dos caminhões submersos, representando risco significativo ao meio ambiente e às equipes de resgate.
O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, anunciou medidas emergenciais para reparar a ponte e prestar assistência às vítimas. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) interditou totalmente a estrutura e divulgou rotas alternativas para motoristas que trafegam entre os estados.
Inaugurada em 1960, a ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira é parte da BR-226, essencial para o tráfego entre Brasília e Belém. Relatos indicam que, antes do desabamento, a estrutura apresentava sinais de deterioração. Um vídeo gravado por um vereador de Aguiarnópolis, Elias Júnior, mostra o momento exato do colapso enquanto ele apontava rachaduras na ponte, evidenciando preocupações sobre sua capacidade de suportar o tráfego de veículos pesados.
As autoridades estão focadas na busca pelos desaparecidos e na contenção dos danos ambientais causados pelo vazamento de produtos químicos. Equipes especializadas foram mobilizadas para avaliar a extensão dos danos e iniciar os trabalhos de recuperação da ponte, visando restabelecer a conexão vital entre os estados do Tocantins e Maranhão.
Texto: Soraia Monteiro