O Distrito Industrial de Parauapebas vem ganhando, a cada dia, mais infraestrutura que por sua vez atrai mais empresas e consequentemente mais geração de emprego e renda. Desta vez o município garantiu investimentos na ordem de R$ 7.5 milhões até 2020, que poderão garantir até 2.500 novos postos de trabalho até lá.
Localizado a cerca de 20 km do centro do município, em uma área com aproximadamente 1.628.000m² (Um milhão seiscentos e vinte e oito mil metros quadrados). O Distrito Industrial vem ganhando cada vez mais olhares de indústrias, pretensas a se instalarem em Parauapebas.
Redução no ICMS e ISS
Um novo passo rumo ao desenvolvimento começa a ser dado, através de um termo de acordo de cooperação entre o município e o estado, para a utilização do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e do Imposto Sobre Serviços (ISS) no distrito, que poderá ser assinado ainda este ano. O acordo visa melhorar ainda mais os indicadores econômicos do Parauapebas com incentivos fiscais, através do Programa Pará 2030.
A expectativa para 2019, dentro do Pará 2030 é que em uma volatilidade de 5% a 90% de isenção do ICMS às indústrias que se instalarem no Distrito, além ainda do ISS e a aquisição da área de instalação da empresa como forma de incentivo fiscal, para incentivar a industrialização de matéria-prima regional, no caso de Parauapebas: o minério, o couro, frutos, entre outros.
João Maciel, diretor do Distrito Industrial de Parauapebas.
O diretor do Distrito Industrial, João Maciel explica que funciona como uma via de mão dupla. “O município disponibiliza a área e a isenção fiscal e, em troca, ele recebe a geração de emprego e renda para população que retorna para o município em forma de giro financeiro, pois além da geração de emprego direto, a indústria também gera empregos indiretos”, explica João.
Até 2020, no ápice de sua consolidação do Distrito Industrial de Parauapebas gerará em média 2.500 empregos diretos contribuindo com a geração de renda para a cidade. Os investimentos em infraestrutura, pavimentação asfáltica, rede de água e internet por fibra ótica seguem a todo vapor, para garantir mais conectividade e acessibilidade no local.
Em seu funcionamento total, o distrito industrial terá como carro chefe a geração de matrizes financeiras diversificadas, paralelas à mineração, além ainda, da diversificação da produção, agregando valor ao que é produzido na cidade.
Produção de etanol
Um dos projetos mais audaciosos que já está em fase final de planejamento, para ser implantado em 2019 é a produção de batata doce em escala industrial atrelada à agricultura familiar, que será utilizada como base produtiva para a produção de Etanol e contará também com o apoio das secretarias municipais.
A escolha da raiz se dá em razão de que a batata-doce se adéqua perfeitamente as condições climáticas da região. Outro fator preponderante para a escolha deste tubérculo é a sua alta capacidade produtiva na produção de Etanol, que chega a apresentar até 15 vantagens a mais, se comparada à cana-de-açúcar. Outro ponto em que ela se destaca é que o seu subproduto pode ser reaproveitado para a produção de alimentação animal, o que abre novas portas para implantação de novas indústrias do ramo, em uma vertente paralela à produção rural.
De acordo com João Maciel, para a concepção de uma usina de etanol em Parauapebas, o requisito é que o cultivo de batata-doce deva atender uma capacidade produtiva na proporção de 100 a 200 produtores, cultivando equivalente a quatro hectares da matéria-prima. “Número expressivo que será alcançado levando em consideração à alta rotatividade da raiz, que pode ser colhida entre 90 a 150 dias”, disse.
Beneficiamento de couro bovino
Outro projeto que também tramita é a implantação de uma indústria de beneficiamento de couro bovino, tendo em vista o potencial produtivo da matéria-prima nesta microrregião, que compreendendo os município de Parauapebas, Canaã dos Carajás, Curionópolis, Eldorado do Carajás e Marabá, chegando a aproximadamente 5 mil unidades por dia, fruto de abate de animais em frigoríficos.
Expansão do transporte público
Neste projeto também se leva em consideração o aumento do fluxo de pessoas e a necessidade de expansão do transporte para aquela área. Desta forma está em tramitação à expansão do transporte público regular até a vila Cedere I, que beneficiará não só o Distrito Industrial e as empresas, mas também garantirá mobilidade aos residentes daquela localidade.
Veja projeto da sede do Polo Industrial:
Planta Polo Industrial
(Reportagem: Fernando Bonfim)