“Ele não tinha exercito, mas até hoje domina o mundo”, frase da abertura da 17ª encenação da Paixão de Cristo.

15/04/2017

Com um momento de grande reflexão, que centenas de pessoas prestigiaram na noite de ontem, 14, na Praça do Cidadão no bairro Rio Verde, a 17ª Encenação da Paixão de Cristo em Parauapebas. Tradição no Município, o espetáculo contou com a participação de 85 membros, que durante vários dias se dedicaram para darem seu melhor.

Iniciando com homenagem a Nossa Senhora de Aparecida, padroeira do Brasil, por se tratar do ano Mariano, a encenação fez reflexão a Campanha da Fraternidade 2017, que tem como tema “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida”, e lema “Cultivar e guardar a Criação”.

O espetáculo da Paixão de Cristo iniciou no bairro Primavera no ano de 2000, com os moradores e a comunidade São Raimundo. Segundo Raimundo Pinto, pioneiro na encenação, durante entrevista com nossa equipe de reportagem,, ele relata como se expandiu o espetáculo. “Com um projeto voltado para as crianças, que hoje em dia se tornou algo tradicional e emocionante na vida de todos os que participam. Alegra-me em saber que consigo evangelizar as pessoas através de um espetáculo lindo com esse”, relatou Raimundo.

Durante o percurso em cada parada o público se emocionava ao vivenciar de perto o sofrimento de Jesus Cristo. Larissa Lima, que acompanhou pela primeira vez, afirmou que pode sentir de perto o Espirito Santo. “Estou muito emocionada em presenciar, nunca pude sentir de tão perto uma reflexão como essa, via mais através da TV”, comentou emocionada a jovem.

A encenação seguiu até a Praça de Eventos no bairro Cidade Nova, o público fez questão de acompanhar, nos momentos finais em que Jesus era crucificado se observava as lágrimas nos rostos das pessoas.

Segundo padre Hudson Rodrigues, a paz se faz presente dentro de todos e os olhares são voltados para o sofrimento de Jesus. “Ano a ano me emociono, e sinto a presença de Deus e o sentindo de estar aqui; tem um propósito de olhar o que Jesus fez por cada um de nós”, explicou Padre.

As lágrimas também estavam estampadas no rosto de Cleide Sousa que após 15 anos encenou Maria mãe de Jesus. “Nenhuma mãe gostaria passar por isso, Maria seguiu o tempo todo enfrentando firme e forte porque era seu filho e acreditava”, relatou Cleide, complementando que Maria é pedra fundamental para as mulheres.

Pela primeira vez Eduardo Mendes, fez o papel principal de Jesus Cristo, ele relata que durante o percurso pediu muito a Deus para que o desse forças para seguir até o final. “A emoção não é tão por fazer o papel principal e sim por fazer o papel de Jesus, as dores das chicotadas durante o caminho doí muito, porém não se comparam as que Jesus levou por nós”, disse Eduardo, complementando que tem certeza que muitas pessoas refletiram sobre o amor de Cristo na cruz.

Todo o espetáculo foi motivo de alegria para Edcarlos Silva, que contribuiu na organização. “O empenho e dedicação foi grande de todos, o que me alegra saber que a missão foi cumprida”, comentou.