A Fap, tradicional Feira de Agronegócios de Parauapebas foi considerada por muitos, este ano, a pior edição do evento. O que contribuiu para tal classificação, além do público reduzido durante os cinco dias de festa, foram alguns problemas e acontecimentos que marcaram de forma negativa algumas programações de um dos maiores eventos da cidade.
O último dia da feira, realizado neste domingo (09), que deveria fechar com chave de ouro a sua programação, com a realização da Missa, show católico e show de Gino e Geno, acabou decepcionando grande parte do público, pois teve que pagar R$30 para assistir à apresentação da clássica dupla sertaneja, não condizendo, desta forma, com o que anunciava o flyer oficial do evento, pois o mesmo informava que a entrada seria franca.
Em entrevista, para alguns veículos de comunicação, o presidente do Siproduz, João Barreto justificou a cobrança do ingresso. “Quem comprasse o ingresso para o show de Gino e Geno, concorreria o sorteio de quatro motos”.
Ainda de acordo com informações da produção do evento o parque de exposições só ficou aberto ao público de forma gratuita até às 18h e, quem quisesse ficar para prestigiar o show, teria que pagar entrada.
De imediato, a explicação não ficou muito clara, o que levou centenas de pessoas às redes sociais perguntando sobre a gratuidade, uma vez que os mesmos estavam sendo barrados na entrada do parque de exposições.
Propaganda enganosa?
De acordo Art. 37 do Código de Defesa do Consumidor – Lei 8078/90, que dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências:
“Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva. § 1º É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário inteira ou parcialmente falso, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços”.
Não só este, mas outros fatos intrigantes marcaram de forma negativa a realização da Fap 2018, como por exemplo, a desorganização do baile da escolha das Princesas e Rainha Fap, marcado por atrasos e falhas na comunicação, no momento da divulgação das vencedoras do concurso; imprudências de participantes da cavalgada como, transtornos no transito, poluição sonora e principalmente o caso da égua prenha abandonada, com sinais de maus-tratos, por seu cavaleiro após a cavalgada, que infelizmente veio a óbito dois dias depois.
O flyer oficial do evento informava que a entrada seria franca, no entanto foi cobrado R$ 30,00 por pessoa.
(Da Redação)