O presidente Michel Temer e os ministros da área econômica do governo já assinaram o decreto de autoriza o aumento de impostos sobre combustíveis. O anúncio oficial deverá ocorrer nesta sexta (21). O governo pretende arrecadar cerca de R$ 11 bilhões neste ano com o aumento do PIS/Cofins dos combustíveis, que recairá sobre a gasolina, diesel e etanol.
Com o aumento, o preço do combustível poderá ficar até 0,41 mais caro nos postos de gasolina. Já o litro do diesel poderá ficar R$ 0,21 mais custoso para os brasileiros, considerando que a alíquota subirá de R$ 0,24 para R$ 0,46.
A previsão inicial era que o governo anunciasse a elevação do PIS/Cofins nesta quinta (20), antes da viagem do presidente Michel Temer e do ministro Henrique Meirelles (Fazenda) à Argentina. Mas o cronograma acabou sendo atrasado porque a equipe técnica teve que refazer cálculos, para incorporar alíquota superior ao que previam inicialmente.
Os ministros Meirelles e Dyogo Oliveira (Planejamento) selaram o aumento em almoço com Temer nesta quinta no Palácio do Planalto. Nas contas que ainda estavam sendo feitas nesta quinta (20), o governo via a necessidade de aumentar a gasolina em R$ 0,10 a R$ 0,12 por litro. Além do aumento do imposto, será necessário bloquear mais R$ 5 bilhões do Orçamento.
As medidas são necessárias, segundo fontes governamentais, para tapar o rombo nas contas do governo, cujas receitas estão abaixo do esperado devido à lenta recuperação da economia e às frustrações de votações importantes no Congresso Nacional, como a do Refis e a da reoneração da folha de pagamentos.
Além disso, também estão atrasadas privatizações de algumas estatais, como o IRB e a Lotex, e o TCU (Tribunal de Contas da União) já recomendou retirar da conta do Orçamento a previsão de entrada de recursos com as vendas dessas empresas.
A meta oficial é chegar ao fim do ano com deficit de R$ 139 bilhões.
(Folhapress)