Devido ao seu dinamismo econômico, a Região de Integração Carajás – que engloba 12 municípios do sul e sudeste paraense -, requer a instalação de um parque de ciência e tecnologia, que agregue propostas de incubadoras de empresas, centros de excelência, escritórios técnicos e agências de transferência de tecnologia, além de outros investimentos, afirmou Marco Antônio Lima, diretor da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet), ao apresentar nesta segunda-feira (18), o Programa Inova Pará a membros de instituições do setor produtivo, no Centro Regional de Governo do Sudeste do Pará, em Marabá.
Marco Antônio Lima esclareceu que “o Programa Inova Pará trata da estruturação de um sistema estadual de inovação, que em um estado grande e complexo como o Pará precisa atender as características específicas de cada região”. Segundo ele, “uma primeira etapa do programa é exatamente identificar as demandas de ciência e tecnologia, ou seja, quais são as atividades que a Secretaria pode contribuir para que o conhecimento científico, gerado nas instituições científicas e tecnológicas, chegue ao setor produtivo, gerando inovação e aumentando a competitividade das empresas. Uma das demandas que surgiu na apresentação foi a retomada do parque de ciência e tecnologia”.
Félix Miranda, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Marabá (Sindicom), destacou a importância do Programa Inova Pará na capacitação da mão de obra local, que em sua avaliação é uma das maiores carências da região. “O ‘Inova’ pode ser a solução para que a gente possa pegar nossos jovens, treiná-los e torná-los profissionais. Se você tiver mão de obra competente, as transformações na empresa acontecem. Como as coisas evoluíram muito tecnologicamente, precisamos preparar técnicos para trabalhar na pecuária, no comércio, nos serviços. A gente que tem empresa sente que nossa mão de obra precisa muito de treinamento”, ressaltou Félix Miranda.
Salto em capacitação – Nesse sentido, o secretário de Indústria, Comércio e Mineração de Marabá, Ricardo Pugliese, informou que o Inova Pará vai garantir maior qualificação em Marabá com o Programa Pará Profissional, executado pela Sectet. Um convênio entre Governo do Estado e a Prefeitura de Marabá deve ser assinado ainda neste mês, para garantir cursos profissionalizantes que atendam as demandas do município.
“A gente acredita que isso vai dar um salto importante em termos de capacitação. O Pará Profissional entra sem custos para o município, no processo de capacitação de mão de obra especializada. E, agora, o diretor da Sectet que cuida do Inova Pará está buscando junto ao Centro Regional de Governo, e na nossa Secretaria, uma forma de estabelecer um fórum de discussão das outras atividades do programa. Chegamos à conclusão de um ponto importantíssimo, que está parado, que é a formação do centro tecnológico de Marabá, voltado principalmente para o mercado metal-mecânico e metalúrgico que cobre toda essa Região de Carajás”, destacou Ricardo Pugliese.
O próximo passo é criar um grupo de trabalho para retomar as discussões sobre a implantação do Centro Tecnológico em Marabá, anunciou o coordenador de Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção do Centro Regional de Governo do Sudeste, Caetano Reis.
“Vamos tentar criar um grupo de trabalho para poder mobilizar junto às universidades públicas e, a partir disso, ter o braço da Academia, do setor produtivo, junto com o Sistema S, para que a gente possa capacitar mão de obra através do Pará Profissional. Com os fóruns municipais implementados por meio da Governança Compartilhada e Lei de Socioeconomia, vamos trabalhar também as demandas de ciência e tecnologia, de forma coesa com a Sectet, via Centro Regional de Governo, para que a gente possa ver o que necessita ser capitaneado para implementar o parque tecnológico. Nesses quatro primeiros fóruns municipais (Marabá, Tucuruí, Rondon do Pará e Xinguara), vamos tentar trabalhar com a Unifesspa (Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará) para fazer o levantamento de outras demandas de ciência e tecnologia”, informou Caetano Reis.
O Sistema S é formado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (Senac), Serviço Social do Comércio (Sesc), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Serviço Social da Indústria (Sesi).
(Fonte: Agência Pará/Por Kelia Santos)