Uma professora da Escola Estadual Santa Elvira, em Juscimeira, Mato Grosso, acusa um aluno de tentar envenená-la em sala de aula. Internada há dois dias, Maria Célia de Oliveira Schoenherr, 47 anos, disse à Polícia Civil que um estudante teria misturado perfume em sua garrafa com água.
De acordo com as informações do Boletim de Ocorrência a que o UOL teve acesso, o incidente aconteceu na terça-feira (5), quando um aluno do primeiro ano vespertino do ensino médio teria entrado na sala de aula “borrifando um frasco de perfume”. Ainda segundo a versão da professora de Inglês e Língua Portuguesa, ela pediu ao garoto que guardasse o objeto porque ela tem alergia a esse tipo de substância.
O estudante obedeceu. Maria Célia, então, “aguardou fora da sala até que dispersasse o cheiro do produto”. Logo em seguida, ela acompanhou a diretora até a sala do terceiro ano para entregar um prêmio e voltou para a sala a fim de recolher seus objetos e fazer a mudança de turno.
“Apos ingerir água de sua garrafa [que estava sobre a mesa], percebeu que tinha gosto de álcool”, diz o B.O. “Ela passou mal em casa, com dificuldade para respirar, náusea e vômito.” Maria foi medicada no hospital da cidade, mas voltou a passar mal no domingo (10), quando acabou internada no Hospital Municipal de Juscimeira.
Ao UOL, o marido da professora, Adriano Schoenherr, afirmou que a equipe médica “ainda não tem previsão de alta, mas ela será levada para um hospital em Rondonópolis para uma endoscopia”, disse. O diagnóstico definitivo ainda depende de novos exames.
A Polícia Civil promete investigar as informações do B.O por meio de interrogatórios. “É muito difícil provar que ela ingeriu perfume”, considerou a assessoria. “Mas vamos ouvir as testemunhas para saber o que aconteceu em sala de aula.”
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc) de Mato Grosso informou que “a gestão escolar e o Conselho Deliberativo estão acompanhando de perto o caso, tomando as devidas providências e dando o suporte necessário para a família da servidora”.
A pasta também encaminhou um assessor pedagógico para acompanhar o caso direto da unidade escolar.
Fonte: Uol