A segunda edição do anuário ISTOÉ, traz o ranking das melhores cidades do Brasil, que realizou bons trabalhos mesmo em meio a pandemia do Coronavírus que devastou cidades, estados, países, o mundo, e aqui é citada por dez entre dez prefeitos ou secretários entrevistados para o Especial, e que não poupou um sequer dos 5565 municípios do País, 5570 se contarmos os cinco recentemente emancipados.
Os 5565 municípios além de serem classificados em um ranking geral, que engloba todas as cidades brasileiras, foram categorizados e premiados de acordo com seu porte, ou seja, conforme o tamanho de sua população, no período em que a pesquisa foi feita, da seguinte forma: GRANDE PORTE Acima de 200 mil habitantes, MÉDIO PORTE De 50 mil a 200 mil habitantes, PEQUENO PORTE Até 50 mil habitantes.
Em período, mergulhados em cenário de incertezas, gestoras e gestores se viram com problemas profundos em todos os setores, a começar pela saúde e educação, agindo individualmente e com muita pressa para tentar mitigar, com os recursos disponíveis. Foi um tempo em que famílias inteiras perderam seus empregos, pais tiraram seus filhos de escolas particulares, afora os gastos astronômicos para o combate à pandemia, sem contar todas as demais despesas.
Sob a liderança da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) muitos se uniram e, em 2021, passaram a contar com o Consórcio Conectar, por meio do qual mais de dois mil municípios, congregados, instituíram o maior consórcio de saúde do País. Este sem dúvida é um exemplo positivo dentro do quadro tenebroso que “engoliu” o Brasil nos dois anos de pandemia, mas há outros. Curiosamente, no mesmo período as cidades viram aumentar muito suas receitas de ISS, especialmente por conta dos trabalhos de delivery, e também de contratação de sistemas de streaming, de comunicação de dados. “Houve uma certa compensação”, diz Alex Agostini, responsável pela pesquisa que norteia este trabalho.
COMO AS CIDADES FORAM CLASSIFICADAS NO RANKING:
A Editora Três e a Austin Rating firmaram parceria com o objetivo de analisar, classificar e mapear o nível de desenvolvimento socioeconômico nos 5.565 municípios brasileiros. Para atingir tal objetivo, a Austin Rating desenvolveu o Índice de Inclusão Social e Digital (IISD), que analisa 281 indicadores relacionados às áreas social, econômica, fiscal e digital e permite hierarquizar as cidades com foco na igualdade das oportunidades entre seus habitantes.
A análise dos 281 indicadores ocorreu de forma quantitativa e qualitativa. O desempenho dos municípios foi pontuado tanto pela condição do indicador em um único momento – a exemplo de uma fotografia -, quanto pelo desempenho da evolução desse indicador no tempo (como em um filme que conta sua história).
No cálculo do IISD, há 37 indicadores chamados de determinantes em virtude de sua representatividade nos grupos. Sua pontuação é somada após aplicação de sua ponderação. Já os demais 244 indicadores são chamados de condicionantes e sua pontuação é somada integralmente.
A pontuação dos municípios ocorreu de forma decrescente e conforme a posição em cada indicador. O município mais bem classificado no indicador “Y” recebeu 5.565 pontos, enquanto o mais mal classificado nesse indicador, apenas 1 pontos. Esse critério é aplicado linearmente tanto na análise quantitativa como na qualitativa. A nota máxima que um município pode obter é 214,4812 pontos, ao passo que a mínima fica em 0,0385 ponto.
As informações dos 281 indicadores para os 5.565 municípios foram extraídas de fontes primárias públicas, como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Secretaria do Tesouro Nacional (STN), Datasus, Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.