Pelo menos cinco macacos podem ter morrido de febre amarela nos municípios de Itaituba e Rurópolis, no sudoeste paraense. De acordo com informações da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), passadas ao DOL nesta quinta-feira (16), o caso já está sendo investigado por meio de uma ação conjunta entre a Diretoria de Vigilância em Saúde, Centro Nacional de Primatas do Instituto Evandro Chagas (IEC) e as Secretarias de Saúde dos municípios.
Através de nota, a Sespa esclareceu que ainda não foi fechado um relatório conclusivo sobre a situação. “As equipes continuam em campo investigando as informações repassadas. A Secretaria ressalta que o laudo oficial será finalizado pelo Instituto Evandro chagas (IEC), ainda sem prazo para ser divulgado”.
A Sespa informou ainda que está fazendo uma verificação “in loco” sobre os rumores de morte de Primatas Não Humanos (PNH) para determinar se realmente existem animais mortos e verificação junto à população sobre o local da presença de PNH e mosquitos na mata. Um levantamento do histórico e bloqueio vacinal dos moradores de áreas próximas e a busca ativa de casos humanos suspeitos de febre amarela também está sendo feito.
A Sespa ressalta ainda a importância dos profissionais notificarem de forma imediata qualquer evento suspeito (humanos ou epizootias). Várias árvores também estão recebendo uma plataforma para a captura do mosquito.
Segundo levantamento técnico do Grupo de Trabalho de Zoonoses, da Diretoria de Vigilância em Saúde da Sespa, entre 2010 e 2015 foram confirmados cinco casos de febre amarela no Pará, sendo que dois evoluíram para óbito. Somente no ano passado, 71.195 pessoas foram vacinadas no Pará contra a doença.
Nenhum dos que morreram, todos homens e com 18 anos em média, estava com o calendário de vacina em dia.
Os registros de mortes aconteceram nos municípios de Breves, em 2010, e em Tailândia, em 2011. Registros de casos sem mortes ocorreram em Acará (2013), Monte Alegre (2014) e em Afuá (2015). Neste ano, até o momento, não há confirmação de febre amarela no Pará.
Em nota, o Instituto Evandro Chagas informou que o material recebido do município de Rurópolis será processado e que na semana que vem os resultados serão divulgados.
(DOL com informações da Sespa)